"Nós temos uma turma com muito voto. É natural que assuste quem está pensando na lógica da montagem das chapas para uma campanha". Esta foi a avaliação do dirigente partidário Adeilson Bezerra (PRTB), após o encontro com alguns candidatos do partido para anunciar a decisão oficial de que a sigla não integra mais a frente de oposição liderada pelo senador Renan Calheiros (PMDB).

Bezerra - em conversa com este blogueiro - salientou que o PRTB deve ainda se reunir na segunda-feira, dia 05, para deliberar em relação à majoritária. Segundo o dirigente, neste momento ficou definido que a disputa proporcional se mantém, inclusive com a candidatura do ex-prefeito Cícero Almeida (PRTB) à Câmara de Deputados.

"Nós temos condições de eleger bancada. Não muda nada estarmos fora do chapão. Estamos confiante em eleger dois federais, sendo um deles o presidente da legenda Cícero Almeida, e quatro ou cinco estaduais. Temos voto pra isto", disse Adeilson Bezerra.

Questionei Bezerra sobre a posição em relação à majoritária. "Vamos discutir isto amanhã, com todos os candidatos. Alguns, como o deputado estadual Antônio Albuquerque, se encontram viajando e não conversamos ainda. O presidente Cícero Almeida levantou a proposta de liberar os candidatos para que cada um apoiasse a majoritária que bem entendesse, tanto faz se Benedito de Lira (PP), Eduardo Tavares (PSDB) ou a candidatura do PMDB, mas isto ainda será discutido. Por enquanto, é apenas uma proposta. Vamos discutir sem pressa", ressaltou Bezerra.

Passando a proposta, as alianças serão "brancas", obviamente.

A reunião de amanhã deve ocorrer na sede do partido. Adeílson Bezerra ainda revelou que o PRTB foi pego de surpresa. "Foi uma surpresa, mas o PRTB tem uma estrutura independente para participar da eleição. Então, não há afobação". Ele avaliou a saída da frente como "natural".

Nos bastidores, a informação é de que aumentará e muito a concorrência interna do PRTB em função das densidades dos candidatos. Alguns colocam em dúvida até a candidatura proporcional de Almeida. O ex-prefeito é objeto de "paquera" por parte do PMDB que rejeitou o partido, mas aceita o apoio da aliança branca, como já posto neste blog em textos anteriores.  

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