De acordo com informações de dentro do PMDB, a frente de oposição deve deixar o PRTB e o PMN pelo caminho. Em outras palavras: não compor com estas siglas nem na majoritária, nem na proporcional. Mais uma vez: os partidos não farão parte do chapão liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB).

Esta decisão é discutida pelo PMDB.

Ainda segundo os bastidores, o próprio Calheiros já conversou com os dirigentes do PRTB e do PMN. Os dois partidos partidos terão que buscar outros caminhos, apesar de terem feito parte do grupo até aqui.

Claro que em política, tudo é possível. Como ainda há tempo até o dia das convenções, pode haver espaço para um retorno da “amizade” entre os dois “nanicos” e o PMDB? Eu não ousaria dizer que “não”. A política é como nuvens no céu. Olha está de um jeito; olha de novo...está de outro.

Porém, neste momento – em que que o partido de Calheiros se prepara para anunciar seu pré-candidato ao governo – a avaliação é de que o PRTB e o PMN pesariam muito no palanque em função dos nomes que abrigam. Políticos que respondem processos pesados. Uma decisão pragmática.

Na reunião interna do PMDB foram citados João Beltrão (PRTB), Cícero Ferro (PRTB) e Antônio Albuquerque (PRTB) como os que pesariam nesta aliança. No PMN, o deputado Chico Tenório. Há também a questão do pragmatismo do coeficiente eleitoral. Nas proporcionais, a frente de oposição deve rachar para tentar eleger o maior número de deputados federais possível. O mesmo ocorrem em relação às disputas pelas cadeiras da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas.

O PMDB dará esta informação de uma maneira mais amena em sua coletiva de imprensa na próxima segunda-feira, dia 05.  O partido deve anunciar a candidatura do deputado federal Renan Filho ao Palácio República dos Palmares, mas não vai aprofundar no diálogo sobre as alianças.

Os peemedebistas acreditam – entretanto – que devem marchar com o senador Fernando Collor de Mello (PTB) na chapa majoritária. Collor já foi um dúvida, mas atualmente é “quase uma certeza”. Outro ponto que não será definido agora é a indicação do vice. Peemedebistas querem mais tempo para esta discussão. Há nomes que são avaliados. Quadros do PT, do próprio PMDB e do PTB.

Apesar de afastarem o PRTB da frente de oposição, há ainda uma tentativa de buscar uma aliança branca com o prefeito de Maceió, Cícero Almeida, devido ao seu capital político. Resta saber se Almeida aceitará estar no grupo de fato, mas não de direito. O afastamento do PRTB pode levar – quem sabe...! – Almeida a pensar com mais “carinho” na possibilidade de uma majoritária. Para isto, precisaria de outros apoios, já que ninguém é candidato de si mesmo.

Como falta grupo, Almeida pode sim apoiar o PMDB em uma aliança informal e disputar uma das cadeiras da Câmara.

A história que aqui conto foi confirmada por um peemedebista. Ele afirma que o assunto já foi tratado – como disse anteriormente – com o PMN e o PRTB e resolvido pacificamente. 

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