Circula pela rádio-corredor dos bastidores políticos alagoanos (diante da "guerra fria" entre os grupos vai circular de tudo por estes dias! Aguardem!) que o Partido Verde (PV), que se encontra dentro da frente de oposição liderada pelo senador Renan Calheiros (PMDB), já estaria inclinado a iniciar um diálogo com o senador Benedito de Lira (PP), que é pré-candidato o governo.
Os que estão do lado A são sondados para irem para o lado B; os que estão no lado B são sondados para irem para A. É o jogo agora! O que pesa? A oferta em relação a possibilidades de eleger proporcionais. Leia-se: coligações e ajuda na campanha. O único que foi extremamente claro - com todas as letras! - afirmando que é isto que pesa foi o deputado federal Givaldo Carimbão (PROS).
Ele disse o quanto se pensa nas proporcionais para bater o martelo nestas alianças. Por isto, Carimbão faz cálculos. Pragmatismo eleitoral e ponto final. Por isto que o Solidariedade do deputado federal João Caldas, apesar de próximo a Lira, tem também escutado o "canto da sereia" do lado dos peemedebistas. Por aí vai...
Em relação ao PV e a possível mudança de lado, conversei com o vereador Sílvio Camelo (PV) que - ao lado do líder do prefeito Rui Palmeira (PSDB) na Câmara de Maceió, Eduardo Canuto - é um dos expoentes do partido. Camelo diz que houve um contato inicial do PP do senador Benedito de Lira com seu partido, mas sem compromisso. Um pequeno flerte, digamos assim!
Mas, Sílvio Camelo é enfático ao afirmar que a sigla se encontra do lado da frente de Renan Calheiros. "Não existe aliança com Benedito de Lira. É natural que, neste momento, os partidos conversem. Foi feito um contato com o partido. Não foi nem comigo, foi com a Sandra Menezes (da direção da legenda), mas não há nada fechado. Neste momento, todo mundo conversa", afirmou.
"O PV encontra-se no chapão de oposição", colocou ainda. E complementou: "até onde eu saiba é isto". Se o diálogo vai avançar ou não? São cenas do próximo capítulo. Os passos de Benedito de Lira e do PP - obviamente - são no sentido de fortalecer a candidatura, evitando perdas de aliados e atraindo outros se possível. Conseguirá? O PMDB mostra bem maior poder de barganha, como frisei em textos anteriores.
Lira - como já destacou o blogueiro Davi Soares - também busca a aliança com o PSB de Eduardo Campos, abrindo uma frente que lhe garante ser o palanque de Campos em Alagoas na disputa pela presidência da República. Seria um passo importante. Mas, o PSB tem candidato local: o deputado federal Alexandre Toledo. A sigla abriria mão disto. Em recentes entrevistas, a representante da legenda Kátia Born tem dito que é importante uma união.
Voltando ao PV: o partido permanece junto ao PMDB. Segundo o vereador Silvio Camelo.
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