De acordo com informações de dentro do próprio PMDB, o candidato ao governo do Estado de Alagoas do partido deve ser lançado no próximo dia 5 de maio em uma coletiva, com local ainda a ser confirmado.

A decisão foi tomada hoje em uma reunião do senador Renan Calheiros (PMDB) com os pré-candidatos a deputado estadual e federal do partido. Foram discutidas estratégias de coligação e a primeira etapa para a montagem da frente de oposição: o PMDB indicar a cabeça.

De acordo com o senador Renan Calheiros, o PMDB anuncia no candidato no dia 5 e parte para discutir o restante da chapa com os demais partidos da frente de oposição: 17 ao todo, nas contas peemedebistas A dúvida passará a ser quem será o vice da chapa e quem disputará o Senado Federal.

Ou seja: entra em cena as discussões sobre a presença do senador Fernando Collor de Mello (PTB). Ele não é tido como uma certeza. Além disto, se o PT indica o vice de Renan Filho – o mais provável a ser indicado como cabeça da chapa – ou se outro nome, podendo inclusive surgir (remota possibilidade) uma chapa puro-sangue. O PROS já foi cotado para ser vice, mas o deputado federal Givaldo Carimbão disse não ter este interesse. Foca na Câmara de Deputados.

Durante a reunião, os pré-candidatos a estadual e federal defenderam arduamente o nome de Renan Filho, inclusive ressaltando detalhes do discurso do peemedebista feito na cidade de Penedo. Acreditam que é um nome que pode crescer nas pesquisas eleitorais. Renan Calheiros – como enxadrista que é! – apenas ouviu, conforme fontes.

Em todo caso, Renan Filho passa a ser o plano A do partido. Caso aconteça algo que surpreende entre este final do mês de abril e o próximo 5 de maio é que as coisas mudam. O PMDB se antecipa para manter a frente e até tentar ampliar alianças. O xadrez eleitoral imprimiu uma velocidade que impede o excesso de cautela.

Ainda mais com a “guerra fria” dos bastidores políticos envolvendo peemedebistas e pepistas. Do outro lado, o senador Benedito de Lira (PP) – já lançado à corrida eleitoral – luta para não ter sua frente esvaziada. Conta com o apoio sólido do PR do deputado federal Maurício Quintella, conforme o próprio parlamentar. Há ainda aliança com o PSD e com o Solidariedade.

Entretanto, o Solidariedade também já dialoga com o PMDB, conforme antecipou este blog. Além disto, o deputado estadual Dudu Holanda (PSD) parece querer assento cativo no bloco liderado por Renan Calheiros. O lado complicado da ampla frente que a oposição tenta formar? Manter todo mundo junto.  Todos correm o risco de mudar de lado. Os partidos que possuem deputados federais se guiam por questões muito pragmáticas para compor.

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