Prevista para ser iniciada na tarde deste sábado (19), a operação que irá retirar as placas de concreto do silo do Moinho Motrisa foi novamente adiada. À reportagem do CadaMinuto, o gerente de marketing da fábrica, Rafael Benedetti, disse que as especificações do guincho contratado para a operação não atendiam às exigências do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma nova empresa foi contratada, desta vez de Salvador-BA, mas o guincho só estará em Maceió na terça-feira (22) e operação deverá ser iniciada no dia seguinte.

Segundo Benedetti, a empresa que havia sido contratada para a operação era de Recife-PE e o guincho estava sendo encaminhado ontem (18) para Maceió após os auditores do MTE terem aprovado o projeto de trabalho apresentado pela direção do Moinho. Mas, segundo o gerente da fábrica, o responsável pela avaliação técnica embargou a operação visto que o guincho que seria utilizado não atendia às exigências em virtude da capacidade de tonelagem, considerada baixa.

“A auditoria recomendou que fosse contratado um guincho que tenha capacidade para carga maior. Procuramos outras empresas que façam este tipo de serviço e somente conseguimos fechar a contratação de um veículo na madrugada deste sábado, mas o carro só será enviado na próxima terça-feira. A operação poderá começar no mesmo dia caso o guincho chegue pela manhã, pouco provável, já que estará vindo de Salvador e é um veículo lento”, explicou Rafael Benetti.

Sobre para a chegada do guincho, o gerente da fábrica disse que foi definida com base na determinação da Polícia Rodoviária Federal, que estabeleceu dias e horários para tráfego de veículos pesados em rodovias durante o feriadão, assim como ocorre em outras datas festivas. O objetivo, segundo a PRF, é garantir fluidez no trânsito. O descumprimento desta proibição constitui infração prevista no artigo 187 do Código de Trânsito Brasileiro e o veículo que for autuado só poderá seguir viagem após o horário de término da restrição.

Benedetti destaca que a estrutura continua sendo preparada para o início das operações. A equipe da Defesa Civil também continua no local, que voltou a ser completamente interditado após a movimentação de uma das placas que estão penduradas desde o desabamento.

O acidente completa 15 dias na próxima terça-feira (22) e, desde então, uma média de 70 moradores estão proibidos de entrarem em casa. Segundo o gerente, a direção do Moinho Motrisa garantiu a assistências para estas famílias. “Alguns moradores estão em apartamentos mobiliados que foram locados pela empresa; outros prefeririam ficar em hotéis, com custos cobertos”, disse Benedetti, acrescentando que a liberação das casas pode variar entre 30 e 60 dias.