Em política não há espaço vazio. Levantou da cadeira, saiu do lugar, logo será ocupado. É uma atividade que admite poucos, raros erros. Todo político precisa de aliados, apoios e ir pra disputa - ele ou o seu entorno – com um olho num pleito e o outro no seguinte.
O espaço vazio construído pelo governador Vilela (PSDB) ao anunciar o ex-secretário de Defesa Social Eduardo Tavares (E.T.), “O Breve”, como o candidato a sucedê-lo está provocando uma revoada, uma série de conversas e análise de opções por parte dos seus aliados que não engoliram a escolha.
Este é o momento em que muitos políticos procuram o guarda-chuva protetor contra trovões e relâmpagos. Por isso muitos prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais estão se aproximando do poderoso grupo liderado por Renan, Collor, Lessa e Almeida, entre outras lideranças.
Assim como não está descartada uma unificação entre as candidaturas postas pelos aliados de Viela: Biu de Lira (PP), Alexandre Toledo (PSB) e Nonô (DEM). Tudo pode acontecer, inclusive nada.
Um exemplo do significado do espaço vazio ocorre no plano nacional. O presidenciável Eduardo Campos (PSB) se lança na corrida eleitoral porque avalia essa possibilidade contra Dilma. Fosse o candidato o ex-presidente Lula, ele não entraria nessa disputa.
Política é soma e oportunidade. É não dividir. É multiplicar apoio. É subtrair adversários e assim evitar adversidades. Porém, se a quantidade de apoios for excessiva haverá falta de espaço para atender a todos, principalmente quando o poder é conquistado.
Se falha a receita exata do bolo ele fica solado.
E esse é o limite necessário pra ser atingido, neste momento, especialmente para os partidos integrantes da base aliada da presidente Dilma Rousseff em Alagoas.