Sempre as entrelinhas! Sempre elas com tanto a dizer! Inclusive, tendo muito a falar sobre a “guerra fria” entre o PP do senador Benedito de Lira e o PMDB do senador Renan Calheiros na disputa pelo governo do Estado de Alagoas. 

Quem acompanha este blog deve lembrar que o encontro organizado pelo senador Benedito de Lira (PP) - em Arapiraca! - foi recheado de alfinetadas ao grupo que marcha com o senador Renan Calheiros. Incluiu críticas a ausência de definição sobre quem seria o candidato do PMDB, que deve ser anunciado no final de abril, ou início de maio. 

Ao que tudo indica: o deputado federal Renan Filho (PMDB) deve disputar o governo do Estado de Alagoas. É o plano A. O que não significa dizer que não exista um plano B: o senador Renan Calheiros. Os peemedebistas trabalham na leitura de números qualitativos e quantitativos para lançar o candidato e colar a imagem dele a um grupo que tem como norte principal um projeto de governo. 

Benedito de Lira sentiu isto. Escalou Elionaldo Magalhães para ser o homem do projeto de governo dos pepistas. A “guerra fria” avança. O PMDB mexe no tabuleiro para atrair para dentro de seu grupo partidos que hoje se encontram com Lira. Um deles é o PROS do deputado federal Givaldo Carimbão. O “flerte” existe. A “paquera” já levou Carimbão à cidade de Penedo para o encontro dos vários prefeitos e incontáveis vereadores, como já anunciado pela imprensa. 

Uma das frases de Calheiros respondeu diretamente às críticas feitas pelos adversários em Arapiraca. “Prefiro fazer uma campanha de debate. Não de embate”. De acordo com o peemedebista, os adversários estão fazendo críticas com emoção. O peemedebista-mor - exímio enxadrista! - de fato sabe o que é olhar o tabuleiro de forma mais fria e racional. 

Que do outro lado não estranhem os liristas se alguém resolver mudar a camisa. O peemedebista Renan Calheiros ainda avisou que o partido lança o candidato até o final de abril. Esperou o cenário estar mais definido para então posicionar suas peças. Agora, com os grupos aparentes, Calheiros pode jogar livremente - no bom sentido - com novas possibilidades de composições que podem surpreender. É uma avenida aberta para acontecer de tudo, inclusive nada…

Quanto à aliança com Fernando Collor de Mello (PTB)? Se os riscos da disputa forem minimizados, enfraquecendo o adversário, o peso de Collor no palanque pode ser suficientemente suportável ao ponto dele ser o senador do grupo. Agora sim, é possível! Coisa de quem sabe jogar xadrez…a base de tudo: o pragmatismo. De fato, tem gente que leva em conta as emoções, né?

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