O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), que sempre fez elogios ao comportamento republicano do governo federal e a forma como o Estado de Alagoas foi tratado pela gestão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT), voltou a fazer críticas a forma como a Terra dos Marechais se encontra refém do pagamento dos juros da dívida pública.
O tratamento não é apenas deste governo, mas histórico. Inclusive na época do acordo. Há 15 anos.
Vilela discutiu o problema em Brasília (DF) e defendeu - em sessão conjunta das Comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Econômicos, a aprovação do projeto que muda os juros das dívidas dos Estados. Para o governador de Alagoas, "a aprovação do projeto é um ato de justiça federativa".
O chefe do Executivo tucano pediu que os "alagoanos refletissem" sobre o problema. "Vocês sabiam que Alagoas, todos os meses, é sangrada em R$ 50 milhões para pagar a dívida com o governo federal?", indagou o tucano.
De acordo com Vilela, até o final do ano o Estado vai receber R$ 5 bilhões do governo federal e pagará - também neste período - R$ 5 bilhões de juros à União. "Ou seja, o governo federal dá com uma mão e retira com a outra".
Teotonio Vilela Filho ainda lamenta os juros. "A dívida pública com o governo federal, contraída há 15 anos, foi no valor de R$ 2 bilhões. O Estado pagou R$ 4 bilhões e ainda deve R$ 7 bilhões. É totalmente impagável", O relatório do senador Luiz Henrique (PMDB/SC) ao projeto de lei que reduz os encargos das dívidas de estados e municípios com a união - PLC 99/2013 - foi aprovado e segue agora para votação em plenário.
Vilela conversou com o senador Renan Calheiros (PMDB) cobrando que a matéria seja colocada na ordem do dia. “É importante, realmente, que esse processo tenha a participação da presidenta Dilma, para não corrermos o risco de haver algum veto que venha a macular o projeto na forma como está”, disse o governador. Para o governador, o Congresso avança no sentido de melhorar o equilíbrio fiscal entre os estados.
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