O nome de Eduardo Tavares – ex-procurador-geral de Justiça e Secretário de Defesa Social – pode entrar no jogo eleitoral. O nome é ventilado no Palácio República dos Palmares e como disse aqui, na noite de ontem, dia 02, em uma postagem, faz parte da lista de tucanos – além de Marco Fireman – que vem sendo cogitada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Dentro do Palácio República dos Palmares, há os defensores de uma candidatura de Eduardo Tavares, como por exemplo, o chefe do Gabinete Civil, Álvaro Machado. Fora do bloco palaciano também há defensores ferrenhos. A análise é de que Tavares teria uma biografia que poderia trazer forte densidade eleitoral no processo, em função do trabalho no Ministério Público Estadual, por exemplo. E assim, um candidato ao governo sem os tradicionais vícios políticos.

O problema é que a escolha por Eduardo Tavares pode inviabilizar composições possíveis para o PSDB, inclusive com a base aliada. Dentro dos demais partidos palacianos a notícia não foi bem recebida, inclusive em alguns setores tucanos, obviamente. Tavares não negaria o desafio de ser candidato, mas há quem avalie as possibilidades de composição, incluindo nas proporcionais. Ao longo do texto, explico.

Alguns pré-candidatos – das agremiações palacianas – ainda que não falem oficialmente, se sentem desprestigiados em função de um sentimento que pode ser traduzido no seguinte jargão popular: mal chegou e já sentou na janela. Nada contra Tavares, evidentemente. Todos reconhecem a importante biografia do procurador.

Todavia, é um processo onde cada sigla apostou suas fichas em determinados nomes. Os palacianos começam – em fim de governo, quando o café já chega frio na mesa de quem manda – a decidirem outros caminhos. O primeiro foi o senador Benedito de Lira (PP). Com o vento apontando para uma candidatura de Tavares, reforça entre pepistas o sentimento de buscar outro norte. O deputado federal Maurício Quintella (PR) começa a ganhar espaço para ser vice.  O deputado federal Givaldo Carimbão (PROS) deve receber convite para uma majoritária pelo lado de lá também.

Se bem que João Caldas (Solidariedade) já se oferece para ser candidato ao Senado, mas é o se “colar, colou”. O deputado federal Alexandre Toledo (PSB) também tenta viabilizar seu caminho por outro lado, inclusive com a possibilidade de parceria com o PPS. Sobra para uma aliança tucana a possibilidade do Democratas, em uma candidatura de José Thomaz Nonô ao Senado Federal. Todavia, Nonô – como mostra a entrevista conseguida pelo blogueiro Davi Soares – não jogou a toalha em relação às possibilidades de uma majoritária.

O PSDB tem outros planos além da Executiva. O que inclui as alianças proporcionais. A eleição do secretário municipal de Esportes, Pedro Vilela, para a Câmara de Deputados é um destes projetos. Neste caso, depende de coligação. Assim como na questão dos deputados estaduais. O desafio dos tucanos – leia-se: Teotonio Vilela Filho - é conduzir o tabuleiro. O governador sabe disto. Por isto anda pensativo e não há martelo batido.

Marco Fireman – neste caso – é um nome que pode se mostrar aberto às composições, inclusive com a possibilidade de mudança de foco da disputa. Outro nome tucano de peso é o do prefeito Rui Palmeira (PSDB), mas este é praticamente descartado. Palmeira já assumiu – de público – o compromisso de continuar na administração municipal. O que não falta é pressão nacional para que Palmeira se candidate, mas o foco do chefe do Executivo municipal é outro. Seria uma imensa surpresa sua saída da administração de Maceió.

Hoje – internamente – o PSDB vive o embate entre Fireman e Tavares.  Duas opções que estão sendo pensadas no caso dos tucanos realmente partirem para um protagonismo eleitoral. Vilela diz que quer ter um bloco único e candidato para ganhar. Informa – mesmo assim – que não será “fim do mundo” se o bloco rachar.  É colocar na mesa os prós e os contras. Fazer isto em um dia. Sexta-feira decisiva. Dia 4 de abril. Eis o Dia do Fico.

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