Elionaldo Magalhães – que já chegou a ser lançado como pré-candidato ao governo do Estado de Alagoas pelo deputado federal João Caldas – ocupa, atualmente, uma função estratégica dentro do “quartel general” da pré-campanha do senador Benedito de Lira (PP).
Magalhães estará na liderança da construção do projeto de governo que o senador pepista pretende apresentar ao público. Se de um lado, o PMDB tem o seu “conselho político” trabalhando na construção de uma proposta para mostrar uma candidatura que possa ser julgada como consistente por eleitores. Do outro, Benedito de Lira também se preocupa com o assunto.
A ideia é apresentar propostas em vários eixos. Com foco no desenvolvimento do Estado de Alagoas. Mobilidade urbana, políticas para o semiárido, dentre outros pontos, farão parte dos discursos de Benedito de Lira daqui para frente. Um jogo eleitoral que vai para além dos ataques e provocações.
Nos bastidores políticos, esperava que os peemedebistas – entre eles o deputado federal Renan Filho (PMDB) – respondesse aos comentários do deputado federal Arthur Lira (PP), que partiu para o ataque no encontro de Arapiraca. A resposta até agora não veio.
O PMDB segue na cautela e – como afirma o enxadrista Renan Calheiros – seguindo um calendário eleitoral sem açodamento. Os pepistas cobraram de Calheiros – ainda que indiretamente – a antecipação da confirmação de Renan Filho como candidato. Esta não veio, nem virá no dia 11, em Penedo, quando o PMDB reúne vários partidos aliados e lideranças.
Por lá, a resposta virá de outra forma: a apresentação de pontos de um programa que vem sendo desenvolvido por peemedebistas do “conselho”. Para esta briga, o senador Benedito de Lira também pretende estar preparado. Serão os eixos definidos por Elionaldo Magalhães, que deve ocupar lugar de destaque na campanha.
Benedito de Lira também segue passos estratégicos para consolidar seu nome: fechou um grupo-núcleo, que pode ainda agregar outros partidos (dificilmente trará o PSDB); tem quem parta para o ataque e provoca o adversário peemedebista Renan Calheiros (ou Renan Filho) e desenvolve, assim como o outro lado, a roupagem de uma candidatura mais consistente.
Em todo caso, o PSDB virou uma aliança de segundo plano, dizem os mais próximos. O grupo já acredita nos nomes que possui para compor a majoritária.
Se do lado de Lira – entretanto – existem nomes que vão pesar no palanque em função de seus históricos complicados na política alagoana, com denúncias e escândalos. Aqui também há um ponto democrático. Do outro lado, também. Logo, para além dos programas de governo, muito em breve começará a fase dos dossiês e denúncias requentadas envolvendo A e B. O jogo eleitoral começou e será pesado.
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