O caso de uma menina de aproximadamente três anos de idade que foi supostamente agredida na escola por coleguinhas, chamou a atenção para a violência cometida pelas crianças.
Segundo o psicólogo e psicoterapeuta Silvino Ferro, “uma criança com comportamento disruptivo apresenta impulsos de agressividade como forma de liberar a tensão ou a ansiedade. Geralmente a origem disso está em algum problema familiar”.
Uma forma de identificar que algo está errado pode ser observada quando a criança apresenta relatos de mentiras. “Esses casos, quando em forma extrema, podem se tornar patológicos evoluindo para atitudes de agressividade, bullyng, auto-agressão indo até o consumo de álcool e atos de vandalismo”, disse o psicólogo.
“Os pais deveriam ser o suporte para o bem estar e precisam estar cientes que o descontrole deles reflete diretamente no comportamento dos filhos”, falou Silvino. Quando educados num ambiente sem regras ou limites o convívio no grupo social da escola com certeza será tumultuado.
Para poder abordar a criança que apresenta um comportamento agressivo, o psicólogo recomenda que haja diálogo. “É preciso sentar, conversar e observar o que acontece no meio ambiente em que ela convive e proporcionar uma escuta diferenciada para que ela revele o que a aflige por intermédio de palavras, desenhos ou até brincadeiras”, afirmou o psicoterapeuta.
“A escola e os educadores precisam ter suporte emocional para poder compreender o que está se passando com o aluno. Uma criança que apresenta um comportamento agressivo precisa ser abordada com muito cuidado”, defende Silvino.
Crises de birra e um limiar extremo de tolerância podem gerar indivíduos com dificuldade para lidar com a palavra “não”. Limites, educação familiar e estabilidade emocional são determinantes para o desenvolvimento de cidadãos estáveis e com valores éticos e morais, independente da idade.