Em comemoração aos 20 anos do Tribunal Regional do Trabalho em Alagoas (TRT/AL), o Memorial Pontes de Miranda (MPM) está promovendo seu primeiro concurso de fotografia, que será aberto à toda a comunidade e oferecerá prêmios em dinheiro para os três primeiros colocados. O evento tem a finalidade de estimular, com a produção fotográfica, o registro de diversos ofícios e saberes, atendendo às políticas culturais e afirmativas da Instituição.

            Abordando a temática "Trabalho em Alagoas" os organizadores intencionam explorar a importância das vocações do povo brasileiro, fundamentais na edificação do progresso e presentes em seu cotidiano, por meio das diversidades que caracterizam as atividades profissionais. Segundo Carolina Pena, coordenadora do museu, "o objetivo da Mostra é estimular a produção artística contemporânea, promovendo reflexões sobre os modos de exercer os ofícios e provocar o diálogo entre os saberes culturais que envolvem suas práticas".

            O memorial

            O MPM foi fundado em 1994 pela Corte Trabalhista do estado e é mantido com recursos do próprio TRT/AL, sendo subordinado à Secretaria Geral da Presidência. Em 1995 teve parte de seu acervo tombado pelo Conselho Estadual de Cultura inaugurando, no ano seguinte, a Biblioteca e o Espaço Pontes de Miranda, com peças doadas pela família do jurista. Está localizado no edifício sede do Tribunal, composto de uma rica coleção relacionada à história da Justiça do Trabalho em Alagoas, com peças que datam de 1941 e vão desde material iconográfico e documental, até mobiliário e processos trabalhistas pertencentes às antigas Juntas de Conciliação e Julgamento de Alagoas.

            Tanto a localização do museu, quanto o fato de que seu nome é uma homenagem a um alagoano que fez carreira jurídica, costumam enraizar a ideia de que o espaço apenas guarda processos, lides e antigos objetos de Dr. Pontes contudo, as estantes do MPM expõem muito mais que apenas lembranças póstumas do homenageado. “Temos tentado mostrar à sociedade que o Memorial faz parte, sim, da Justiça do Trabalho, principalmente do ponto de vista jurídico, mas que do ponto de vista antropológico e sociológico ele retrata a história da caminhada do Direito Trabalhista pelo estado de Alagoas e das relações que o trabalho tem com os moradores de um determinado lugar, permitindo, por meio de documentos, fotos e processos de labores já extintos, traçar o perfil histórico do trabalhador alagoano. Temos casos de pessoas que vieram da Europa para fazerem sua pesquisa de pós-doutorado com base em nosso material”, elucidou Max Lemos, curador do MPM.

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