A presença do governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), no café-da-manhã da “frente pró-Biu” não o coloca como um dos integrantes da frente. Longe disso.

Vilela esteve lá, como estaria – o que é bem o seu estilo cauteloso e sem firmar compromissos antecipadamente – em qualquer banquete de qualquer um dos aliados com pretensões de se mostrar candidato ao governo do Estado de Alagoas com o apoio palaciano.

Simples assim!

O próprio Teotonio Vilela Filho deixou isso bem claro em suas declarações. A presença de Vilela soará como força política de Benedito de Lira. Claro, é o pepista, dos candidatos palacianos, o que possui maior densidade eleitoral e agora com um conjunto de partidos que declarou a preferência pelo seu nome.

Porém, os prefeitos são de uma aliança dúbia, ainda batendo continência também para o senador Renan Calheiros (PMDB), como ressaltei em postagem anterior. Tudo no quadro indica ainda um processos muito aberto para composições de alianças.

Benedito de Lira sabe disso. Sabe que ninguém é candidato de si mesmo. Sabe que tem um sonho de governador o Estado de Alagoas que fez dele – em alguns momentos – o mais afoito dos pré-candidatos. Tanto é assim que, sabendo do processo que pode levar o senador Fernando Collor de Mello (PTB), Benedito de Lira ainda fez um gesto de afago ao ex-presidente da República.

Collor quer ser candidato à reeleição. Benedito de Lira mandou avisar que não tem portas fechadas. Ora, se o pepista fosse a preferência de Vilela, Collor – por ser o maior opositor do governador no Estado – já teria sido descartado.

É a arte de atravessar o rio com o pé em duas canoas. De um lado, Benedito de Lira aposta numa aliança extrema sem o Palácio República dos Palmares; do outro, mantém a porta aberta do governo enquanto pode, sem perder espaços, nem a pasta da Educação.

O jogo político diante das incertezas.

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