O PMDB acredita que com a aliança com o PT em Alagoas na cabeça da chapa não terá dificuldades em compor o restante do corpo para a disputa eleitoral. É o que afirma um peemedebista já avaliando a possibilidade do senador Fernando Collor de Mello (PTB) não estar no grupo, ou do senador Benedito de Lira (PP) querer trazer o PT para uma composição com os pepistas.

Collor - segundo informações colhidas nos bastidores políticos - já cogita até não se fazer presente no próximo encontro da oposição, que ocorrerá na cidade de Penedo em abril. Tentei falar com o senador Fernando Collor de Mello sobre o assunto, mas não consegui. A informação vem de dentro do PMDB. Isto eu afirmo.

O PMDB passa abrir espaço para um vice petista. Não descarta lançar um senador da própria sigla. São avaliados os nomes do ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, e do médico e ex-vice-governador José Wanderley.

Indaguei José Wanderley sobre uma candidatura (ele estará nas Páginas Vermelhas do CadaMinuto Press da próxima sexta-feira), ele me disse que o projeto do PMDB é algo maior e pautado por um plano de governo que será em breve apresentado para a sociedade. José Wanderley acredita ainda que o leque de alianças do partido será amplo e citou as parcerias com o PT, com o PDT, com o PCdoB e outras legendas.

Disse ainda que - nesta composição - o PMDB pode abrir mão do Senado Federal, mas não descarta a possibilidade de ser candidato. "Mas, sou muito mais um técnico do que um político. Acho que o foco do partido é outro. É o projeto e o plano para Alagoas", resumiu.

O que se sente no discurso de vários peemedebistas é que não há parceria firmada com Fernando Collor de Mello. O encontro de Arapiraca - ocorrido no passado - foi apenas para acalmar ânimos, sem promessas para o futuro, como já havia dito aqui neste espaço.

Collor já tentou se aproximar de Benedito de Lira e há quem diga que já mandou novamente recados ao PMDB.

Ainda em relação ao leque de alianças peemedebistas, já é tido como aliado certo o PRTB de Adeílson Bezerra (Cícero Almeida vem para o apoio por gravidade!). Bezerra tem uma história junto aos Calheiros. Almeida foi usado inicialmente para inflar uma rebelião na base da oposição que não deu certo.

Não há discussão dentro do PMDB em relação à disputa de governador. O partido tem foco, planejamento e melhor condição para colocar o nome na mesa. Os demais aliados chegam para a composição da chapa. Se a eleição fosse hoje, o candidato seria o deputado federal Renan Filho (PMDB). O trabalho é para que o quadro se mantenha favorável à candidatura do parlamentar.

Se havia alguns questionamentos em relação ao nome de Renan Filho dentro dos partidos que formam a base do chapão, estes não existem mais. Provavelmente, Collor terá que procurar um candidato ao governo para se lançar ao senado, ou então, surpreender a todos tomando outro rumo no tabuleiro de xadrez.

Estou no twitter: @lulavilar