De acordo com uma fonte próxima ao senador Benedito de Lira (PP), o pepista se reúne - nesta quarta-feira, dia 12 -com o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB). Na pauta, as eleições de 2014.
Benedito de Lira está cada vez mais distante de ser o candidato "palaciano" e busca o estreitamento dos laços, ao mesmo tempo - conforme fonte - sabe da possibilidade de ter que partir para a disputa sem o apoio dos tucanos.
A aliança político-eleitoral entre PSDB e PP se firmou em 2010, quando Vilela foi candidato à reeleição e Benedito de Lira disputou o Senado Federal. Em 2012, os partidos repetiram a dobradinha no Executivo de Maceió, elegendo Rui Palmeira (PSDB) e Marcelo Palmeira (PP).
A tentativa de Benedito de Lira é manter a aliança, porém diante das atuais circunstâncias políticas, o pepista já "ameaçou" até, segundo os bastidores , uma aproximação com o senador Fernando Collor de Mello (PTB), que pode ser escanteado pelo chapão liderado pelo senador Renan Calheiros (PMDB).
O encontro servirá ainda para Benedito de Lira planejar a data de lançamento de sua candidatura com uma "frente pró-Biu" que já reúne alguns partidos, como citei neste blog anteriormente. Já estão confirmados na "frente pró-Biu" o PR do deputado federal Maurício Quintella Lessa, o Solidariedade do deputado federal João Caldas e o PSD do deputado federal João Lyra.
A frente ainda quer trazer o apoio do PROS do parlamentar Givaldo Carimbão. Porém, ainda não há martelo batido. Um dos problemas de formar um grupo paralelo é os cargos que estes partidos possuem dentro do governo de Vilela.
Dificilmente, conforme fontes palacianas, Vilela apoiará Benedito de Lira. O governador está mais inclinado a lançar um candidato tucano, ainda que sem experiência nas urnas, como é o caso de Marco Fireman, ou até mesmo apostar em composições. Teotonio Vilela Filho tem sido silencioso.
No dia de ontem, conforme fontes, conversou longamente com o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), mas não apresentou cenário definido. Reafirmou em particular o que já diz em público: não disputará o Senado. Apesar de haver quem duvide.
As dúvidas em relação às decisões de Vilela são tantas que a própria oposição marcou um encontro para o dia 7 de abril, quando já se sabe se o tucano de fato permanece no governo, ou sai para disputar o Senado.
Entre os palacianos a decisão pode ser influenciada pelos palanques nacionais. Uma aliança entre Democratas e PSDB pode resultar em espaço aberto para o senador Aécio Neves (PSDB) em Alagoas. Do outro, o deputado federal Alexandre Toledo (PSB) também pode se lançar ao governo e contar com uma aliança com o PPS do secretário estadual Régis Cavalcante.
Claro que nesta fragmentação de alianças entra também a questão das eleições proporcionais. Uma das prioridades tucanas - por exemplo - é eleger o secretário municipal de Esportes, Pedro Vilela, para a Câmara Federal.
Na "frente pró-Biu", PR, Solidariedade e PSD discutem apresentar o senador pepista como o mais viável ainda nesta semana. Há quem queira organizar um encontro entre os líderes partidários já para a próxima sexta-feira. Os partidos querem ter a liberdade de apoiar Lira, ainda que sem o palácio, mas de não perderem espaços no governo. É o que circula nos bastidores.
Benedito de Lira se move independente de futuro acordo com Fernando Collor. Afinal, Collor colocou logo em questão os cargos de Lira na estrutura do Palácio República dos Palmares. Leia-se: perder a Educação.
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