Corre pelos bastidores políticos a informação de que o senador Benedito de Lira (PP) está mesmo empenhado em mostrar que não depende do Palácio República dos Palmares para ser candidato ao governo do Estado de Alagoas.
Se isto acontece - em política ninguém é bobo! - é porque, até o presente momento, o Palácio (leia-se: o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)) não acenou para Benedito de Lira, ao menos como o pepista esperava. Há quem diga, que os palacianos possuem de fato outros nortes.
Ontem, em conversa com um secretário de Estado, o mesmo me disse assim: "duas coisas já estão certas no Palácio República dos Palmares: Vilela não é candidato e o grupo terá um nome". E deu a entender uma inclinação bem maior para outros nomes que não o de Lira.
Isto já é sentido por alguns partidos que buscam antecipar o apoio a Benedito de Lira como forma de demonstração de força. Entre estes partidos está o PR do deputado federal Maurício Quintella Lessa.
O tabuleiro de xadrez se arruma de tal forma que não é descartada a possibilidade de diálogo entre Benedito de Lira e o senador Fernando Collor de Mello, caso os dois sejam "isolados" pelos grupos com os quais dialogam. Collor não sendo - no caso - o senador predileto do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB).
Com a passagem das festas carnavalescas, estas são questões que retornam à mesa de negociações. O mesmo secretário de Estado diz assim: "é um momento em que tudo pode acontecer, inclusive nada!".
Dentro do Palácio República dos Palmares, o distanciamento de Benedito de Lira já agrada a alguns nomes. Dentre eles, o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas). Nonô acredita - segundo bastidores - ser mais fácil viabilizar sua candidatura sem a presença de Benedito de Lira.
O Democratas pode sugerir assumir a cabeça, ofertando a vaga de vice para os tucanos, que possuem dois nomes no pleito: Marco Fireman (ex-Infraestrutura) e Luiz Otávio Gomes (ex-Planejamento). Ainda conforme bastidores, Nonô tem uma preferência por Luiz Otávio Gomes, que nunca foi tão homenageado...mas, são coincidências (ou não, como diria Caetano Veloso).
Marco Fireman acredita na possibilidade de ser candidato. Já tem seu cabo-eleitoral preferido: o Canal do Sertão. E Vilela? É só silêncio...
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