Mesmo sendo o partido que comanda a Prefeitura Municipal de Maceió – com Rui Palmeira – e o governo do Estado de Alagoas, com Teotonio Vilela Filho, lém de algumas prefeituras e a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, com Fernando Toledo, o PSDB tem um desafio para as eleições de 2014: conseguir musculatura suficiente para disputar, com condições de vitória, uma majoritária.

O candidato trabalha dois nomes oficialmente: o ex-secretário de Infraestrutura, Marco Fireman e o ex-titular do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes. Além destes, o deputado estadual Joãozinho Pereira anunciou ter interesse em concorrer ao Senado Federal. Só Joãozinho Pereira tem experiência com as urnas.

Os outros dois nomes tentam ganhar musculatura. Luiz Otávio Gomes afirmou – em recente entevista – que não se encontra em campanha, mas a série de homenagens que vem recebendo são holofotes para quem é cogitado como candidato. O ex-supersecretário tem conseguido explorar e feito o assunto repercutir na imprensa. Ações gratuítas em política?

Do outro lado, Fireman percorre o interior do governo do Estado, conversa com lideranças e deputados estaduais e também se mostra disposto a se candidatar ao governo. Não bastassem estas dificuldades, todos os outros candidatos palacianos – em maior ou menor grau – possuem densidade eleitoral.

Sobre este assunto e outros, o dirigente partidário e secretário muncipal de Esportes, Pedro Vilela, conversou com o CadaMinuto Press. Ele ocupa as Páginas Vermelhas desta semana. Questionei o pré-candidato a deputado federal se não seria – este quadro – uma desvantagem para os tucanos alagoanos. Ele respondeu: “não. Não vejo como uma desvantagem, não! Acho que é algo que pode jogar a favor devido ao momento em que vivemos no qual a sociedade pede renovação nos quadros políticos”.

Será que se pode falar em renovação depois de dois mandatos tucanos? Pedro Vilela avalia que sim. “Então porque não oferecer isto à sociedade, com nomes que nunca foram testados nas urnas. Todavia, já foram testados no serviço público. Mostraram um bom trabalho, como no caso dos ex-secretários Marco Fireman (Infraestrutura) e Luiz Otávio Gomes (Planejamento)”.

Sobre a ausência de densidade dos candidatos, como mostram as pesquisas par consumo interno feitas pelos partidos, Pedro Vilela diz que o momento não é de leitura ou confiança em pesquisas. “Não é isto que vai dizer quem vai ganhar as eleições. Isto já foi mostrado nas eleições passadas. Em 2012, com o prefeito Rui Palmeira que acabou ganhando no primeiro turno. E em 2010, com o governador Teotonio Vilela Filho. As pesquisas inicialmente - nestas épocas - não eram favoráveis e o PSDB venceu as eleições. O que é mais importante agora é captar o sentimento da população. Saber o que a população está esperando da classe política. Quem for mais eficiente e conseguir captar este sentimento, este desejo da sociedade, é que será vitorioso nas urnas. Este é o momento”.

Indaguei ainda como o PSDB tem lidado com o deputado estadual Fernando Toledo que é um dos pivores da crise institucional do parlamento estadual, um poder  sufocado em denúncias de suspeita de corrupção, Pedro Vilela – neste assunto – foi bastante cauteloso: “O PSDB ocupa diversos cargos no cenário político de Alagoas. Um deles é o deputado Fernando Toledo que está a frente da Assembleia Legislativa. Todos eles são responsáveis pelos seus atos e pelos cargos que ocupam e entidades que dirigem. Estão sujeitos a avaliação e questionamentos da sociedade. Se há um questionamento sobre a condução que Toledo tem dado a Assembleia e se há denúncias sendo apuradas, isto vai ter desdobramentos que quem está a frente da posição terá que responder. Isto serve para todos”, resumiu. A íntegra da entrevista está no CadaMinuto Press.

Sim, ele confirma a pretensão de disputar uma vaga da Câmara de Deputados. Aliás, é o candidato do governador. 

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