Um bloco de partidos – que envolve PR, PSD, Solidariedade e possivelmente o PROS – estuda a possibilidade de anunciar, oficialmente, o apoio à pré-candidatura do senador Benedito de Lira (PP), independente da posição do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Vilela ainda não decidiu – entre cinco nomes postos como possíveis pré-candidatos ao governo do Estado de Alagoas – qual terá o seu apoio. Ao mesmo tempo, liberou o PSDB para tentar viabilizar os nomes dos ex-secretários Marco Fireman e Luiz Otávio Gomes. Uma tentativa de consolidar uma possível candidatura tucana.
O desafio do PSDB é lidar com nomes que nunca foram testado nas urnas, além da opinião pública desfavorável em relação ao governo tucano em Alagoas. Os outros nomes palacianos são o do vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) e do deputado federal Alexandre Toledo (PSB).
O deputado federal Maurício Quintella (PR) confirma os diálogos existentes entre PP, PSD, Solidariedade e PROS. De acordo com Quintella, a possibilidade do anúncio de apoio existe. “Estamos estudando a possibilidade de anunciar este apoio ao senador Benedito de Lira já depois do carnaval. Aguardamos apenas a resosta do deputado federal Givaldo Carimbão (PROS), que ficou de afirmar a posição do partido. Creio que contaremos com o PROS, com o PR, Solidariedade e o próprio PP”.
De acordo com Quintella, com a decisão firmada, os partidos conversarão com Vilela. “Afinal, fazemos parte do governo. O PR participa tanto da administração de Vilela, quanto da Prefeitura Municipal de Maceió, então temos que conversar com o governador. Anunciar o apoio não significa romper com o governo, pois o Benedito de Lira pode ser – e nós defendeos isto – o candidato do Palácio República dos Palmares, pois possui esta viabilidade”.
Conforme bastidores políticos, os líderes destas legendas avaliam que enquanto o governador demora a se decidir, a oposição já possui um foco definido e trabalha pela consolidação do nome do deputado federal Renan Filho (PMDB) como candidato. Quintella apenas afirma que há a necessidade da base de situação tomar uma posição.
O parlamentar defende que – uma vez fechado o grupo – este pode ir buscar as alianças com o próprio PSDB, com o PPS e com o Democratas. São as outras três siglas que formam a base de Vilela. “Claro que por estas composições também passam o alinhamento para a disputa das vagas proporcionais e isto será levado em conta nas negociações entre os partidos, para saber quem ocupa a vaga de vice ou para o Senado Federal. A busca é por conseguir ampliar o leque. Vamos trabalhar isto”, frisou.
Maurício Quintella ressalta que a situação precisa avançar com as pré-candidaturas para não perder terreno. Paralelamente, outros candidatos também buscam sua viabilidade. Fireman percorre o governo do Estado de Alagoas. Luiz Otávio Gomes aproveita a série de homenagens que vem recebendo. José Thomaz Nonô também dialoga a possível parceria com o PSDB e o deputado federal Alexandre Toledo deve ter o nome lançado, em breve, pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Alías, na televisão, Toledo já trabalha esta associação de imagem, tanto com Campos como com Marina Silva. Uma das possibilidades é o PSB formar uma aliança com o PPS do secretário estadual da Pesca, Régis Cavalcante.
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