(Atualizada às 16h)

Os 39 engenheiros que compõem o quadro do Departamento de Estradas e Rodagens de Alagoas (DER) decidiram nesta segunda-feira (24) cruzar os braços. A paralisação ocorre em protesto a defasagem dos salários. Com a paralisação, várias obras em execução podem ter o andamento comprometido.

Segundo o engenheiro José Lessa, a categoria decidiu se mobilizar por conta da falta de reajuste salarial nos últimos sete anos. Eles denunciam que os vencimentos estão abaixo do piso salarial.

Segundo Lessa, a direção do órgão chegou a pleitear junto ao governo do Estado um aumento, mas a categoria rejeitou. Atualmente a base está fixada em R$ 2.488 para a classe A e R$ 4.817 para a classe D. Os engenheiros querem elevar os salários para R$ 6.816 para engenheiros de classe A, R$ 8.478 para B, R$ 11.012 para C e R$ 14.300 para D.

“Até o momento o governo não sinalizou com nenhum diálogo com a categoria. Estamos há muitos anos sem reajuste e nossos salários estão abaixo até do que o CREA estipula. Sabemos dos prejuízos que essa paralisação irá acarretar para a população, já que obras importantes devem ser interrompidas. Mas o jeito para sermos ouvidos foi parar”, disse.

Por meio da assessoria o Departamento informou que o diretor presidente esteve reunido nesta manhã com a categoria para discutir os motivos da paralisação e tentar encontrar uma solução.

Nesta tarde, o órgão enviou a seguinte Nota Oficial:

"O diretor-presidente do DER/AL, Genes Darles, informa que mantém um diálogo aberto com os engenheiros do órgão sobre a reivindicação da categoria por um reajuste salarial. Na manhã desta segunda-feira (24), o presidente foi informado sobre o início da greve e paralisação das atividades. Genes informa ainda que haverá, em outro momento, um novo encontro entre a diretoria do órgão e os engenheiros para buscar soluções para o fim da paralisação e a retomada das atividades no órgão".