O deputado estadual João Henrique Caldas (Solidariedade), que preside a Comissão das Enchentes (que acompanhou o Programa da Reconstrução em Alagoas), voltou a denunciar o que, segundo ele, são graves problemas ainda enfrentado nos conjuntos que foram entregues pelo governo do Estado de Alagoas.
"São denúncias muito graves que chegam à Comissão. O que tínhamos para fazer em relação ao relatório fizemos, mas a Comissão - que já deveria ter sido encerrada em função do programa da Reconstrução ter um fim - continua com o processo da fiscalização e atenta", afirma o deputado.
João Henrique Caldas esteve reunido com uma liderança comunitária no dia de hoje, 19. De acordo com ele, ainda são apontados problemas vários nos cadastros beneficiando apadrinhamentos políticos para a entrega das casas, "além da própria qualidade das obras". "São obras que, conforme as informações que nos chegam, foram feitas com material de baixa qualidade. Material ruim. Rede de esgoto subdimensionada, crateras no meio das ruas, problemas de abastecimento de água. Enfim, uma situação em que se encontram diversos problemas de infraestrutura".
Segundo JHC, a nova lista de problemas que lhe foi entregue pela líder comunitária Eliane Silva destaca situações nas cidades de Rio Largo, Santana do Mundaú e União dos Palmares. "O mais grave é que nada disto é novidade. Porém, são problemas antigos que nunca são resolvidos. Estas famílias estão em situação de risco. A enchente ocorreu ainda no governo passado. A reconstrução vai deixar problemas para o próximo governador ainda".
JHC diz que em Santana do Mundaú há um "conjunto fantasma". "São casas sem serem entregues, sem iluminação, sem infraestrutura adequada. As pessoas que precisam destas moradias estão em situação de risco e daqui a pouco já se aproxima mais um inverno. A obra já começou errada porque foi forçado um terreno que não era o adequado".
Ao mesmo tempo quem que faz as denúncias, o deputado estadual diz que há muito pouco a ser feito pela Comissão das Enchentes agora, pois relatórios já foram encaminhados para autoridades responsáveis. Alguns casos foram acompanhados - lembra o deputado estadual - pelo Ministério Público. "É preciso que se fiscalize estas situações e que se cobre as devidas responsabilidades", encerra.
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