A frente de oposição que se reuniu em Arapiraca na sexta-feira, dia 14, mostrou um discurso de união. Porém, a definição do grupo só deve sair em abril, quando esta se consolida ou se separa em função de outros interesses.

A maior avaliação a ser feita ainda são as perdas e ganhos da aliança entre o senador Renan Calheiros (PMDB) e o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Além disto, saber se há consenso em torno da candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB) ao governo do Estado de Alagoas.

O candidato posto é ele. Renan Calheiros deve investir em Brasília. O senador pode ser reeleito para a presidência do Congresso Nacional. Concentrar muito poder em Alagoas e em Brasília pode ser um dos pontos que atrapalhe o consenso em relação a Renan Filho.

A soma de rejeições pode ser outro fator que traz reflexões para Collor e Renan em um mesmo palanque. Claro que todos em Arapiraca são uma oposição – ainda quem nem tão opositora assim em função da ligação (até histórica) de alguns com o governo do Estado de Alagoas. Mas em relação a uma frente única ainda não há martelo batido.

Se alguém duvida, basta escutar o discurso do próprio Renan Calheiros feito no local do encontro de Arapiraca. Diz o presidente do Senado Federal:  “é possível sim que todos os partidos sigam juntos. Não vejo problema quanto a isso. Para vencer a eleição, precisamos, logicamente, de uma composição competitiva”.

O presidente do Congresso lembra que a frente de oposição se encontrará em abril, em Penedo. “Nesse momento, estamos reunidos para discutir as propostas para o plano de desenvolvimento de Alagoas. É mais uma oportunidade para debater o cenário do nosso Estado. Acredito que, unidas, as forças políticas podem reagir frente às dificuldades que se apresentam à população alagoana”.

Não dá para vender pacote fechado agora com tanta água para passar por baixo da ponte. O PMDB tem foco: apresentar um programa de governo, trabalha para consolidar o nome de Renan Filho como candidato, investir nas pesquisas quantitativas e qualitativas para só então, com estes dados, partir em ampliar o leque de alianças. A agenda de Renan Calheiros é uma. Há outros – dentro da oposição – que possuem mais pressa. 

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