Dentro do bloco palaciano também há um xadrez político a ser montado. Sobretudo porque as peças - do lado de lá - não deixam de conversar com alguns dos opositores. O quadro não é definido, o desenho posto é como nuvem no céu, então o momento é de "todo mundo conversar com todo mundo".

Até as prévias carnavalescas da frente de oposição, que vão ocorrer lá em Arapiraca no dia de amanhã, 14, renderá discursos de união, mas não afastará dos bastidores as possibilidades de composições inesperadas. Não há portas fechadas.

Diante deste quadro - segundo o que circula pelos bastidores políticos - há quem tenha maior ou menor afinidade. Todos, entretanto, se movimentam em busca da viabilidade de serem candidatos. O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) - o que não é segredo e já foi comentado aqui - se reuniu com o senador Renan Calheiros (PMDB). Conversaram sobre política.

Nonô voltou a conversar com o senador Aécio Neves (PSDB) sobre a situação do palanque tucano no Estado. O líder do Democratas está afinado com um tucano local: o ex-secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes (LOG). Um dos homens fortes do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

Saiu do governo com o destino em aberto, podendo ser convocado para alguma missão. Dizem, nos corredores da política, que Nonô e LOG já alimentavam sonhos de uma união desde tempos antigos.

Diz ainda o ditado que dois tucanos não se beijam. Deve ser por isto então que, distante dos holofotes da LÓGica otaviana corre o ex-secretário de Infraestrutura,  Marco Fireman.  Diferente de LOG, eis um tucano que tem trabalhado diuturnamente para viabilizar seu nome no processo.

Fireman tem consciência de que o tempo é curto. Tem investido muito nas redes sociais e em ações do governo oriundas da Infraestrutura. Marco Fireman busca ganhar musculatura para ser o nome do partido. É também um dos homens de confiança do governador. Assim como LOG se aproxima de Nonô, Fireman tem uma boa relação com outro palaciano pré-candidato: o senador Benedito de Lira (PP).

São duas duplas em um mesmo Palácio. Se render casamento - o que depende do processo histórico - só teria um padre para dar a benção: o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Assim como no meio do caminho tinha um pedra, o que já diria o poeta Carlos Drummond de Andrade, no meio de qualquer caminho posto agora há sempre opositores nem tão opositores assim, diálogos para todos os lados, com todas as soluções possíveis em jogo para uma eleição mais prática, mais viável e mais barata.

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