Não sei se é a proximidade do espírito carnavalesco, mas o fato é que todos os políticos – identificados como situação e oposição – andam pulando a corda de seus blocos para conversar com os blocos alheios. Faz parte do jogo. Uma prova de que estas “cordas imaginárias” existem ao sabor das circunstâncias...
Pois bem, o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) já conversou com o senador Renan Calheiros (PMDB). Até agora, pouco se sabe do que foi tratado, mas o mapa político estava aberto sobre a mesa; não há dúvidas. Sobre as aproximações entre o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e Calheiros muito já se disse nos bastidores.
Sobre o senador Benedito de Lira (PP) pouco se falou. Mas, o pepista não se encontra parado. Um dos pré-candidatos ao governo (que já espalhou ser candidato de qualquer jeito) também abriu portas para o diálogo. Há quem aposte, nos bastidores políticos - diante de possíveis exclusões mútuas – que o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e Lira se aproximem para uma possível chapa alternativa.
Cedo para afirmar.
Todavia, pepistas afirmam que Lira está disposto a conversar com os partidos. Em entrevista ao jornalista Gabriel Mousinho (blogueiro do Alagoas24Horas), Benedito de Lira disse que “é um projeto nosso envolver todos os segmentos do Estado para o bem de Alagoas”. Para quem entende de entrelinhas...fica o óbvio.
Assim, Benedito de Lira não descarta sentar na mesa com Ronaldo Lessa (PDT), com Fernando Collor (PTB) ou com o vice-governador José Thomaz Nonô, com quem já disputou espaços dentro do Palácio República dos Palmares na busca do melhor caminho para viabilizar a candidatura. “Por que não conversar?”, indagou o senador a Mousinho.
Claro, por qual razão não conversar. Afinal, o que não falta no Estado é o espírito de união pelo melhor projeto para Alagoas. Ele surge a cada eleição. O problema é que assim como surge, facilmente vai embora com a abertura das urnas. Espírito difícil este...
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