O PSDB de Alagoas tem grandes desafios em curto, médio e longo prazo para se manter vivo na Terra dos Marechais. Após oito anos no poder – com Teotonio Vilela Filho no comando do Palácio República dos Palmares – assiste ao encerrar de um governo que sofre com a opinião pública e não construiu sucessores.
Sua maior expressão – o próprio chefe do Executivo – abdicou de ser candidato e abriu espaço para dois nomes que nunca foram testado nas urnas e sequer se sabe, em função das composições eleitorais, se serão candidatos na majoritária ou não. Trata-se dos ex-“supersecretários” Luiz Otávio Gomes e Marcos Fireman. O primeiro diz que só é candidato se tudo for favorável a isto. Não se encontra em campanha.
Já Fireman tenta viabilizar seu nome. Corre o Estado apostando em obras que foram desenvolvidas pela Infraestrutura, tem dado entrevistas e – nestas oportunidades – sempre reforça sua disposição. Dos tucanos, portanto, Fireman é o que se encontra em pré-campanha e, segundo ele mesmo, acredita na possibilidade do PSDB ter palanque.
Enquanto isto, entre os palacianos não há portas fechadas para diálogo. O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) conversou com o senador Renan Calheiros (PMDB). Uma aliança entre os grupos teria o aval do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)?
O fato é que o PSDB – após estas eleições – pode sofrer um esvaziamento caso não ocupe espaços. Sua maior expressividade em Alagoas passará a ser o prefeito de Maceió, Rui Palmeira. Segundo ele mesmo, “candidato a terminar o mandato”. Palmeira deve buscar a reeleição em 2016. Só pensará em governo em 2018, mas mesmo assim é um exercício de futurologia que pode encontrar outros caminhos...
Estas eleições – para o ninho tucano – pode ser uma encruzilhada. Fireman aposta suas fichas na possibilidade de ser o timoneiro do partido, mas para isto precisa se viabilizar. Uma tarefa hercúlea para um secretário de Estado, que nunca esteve na linha de frente da política e carrega também os ônus do governo.
Poderia Marco Fireman ser um vice ou candidato a outro cargo? O futuro dirá! Ele afirma que não disputa proporcional. Só interessa majoritária. Em entrevista ao Alagoas em Tempo afirma que “se sente preparado para mais uma missão”. O tucano sabe que corre contra o relógio para se fazer conhecido e virar a aposta do governador.
“O que a gente tem que trabalhar são possíveis candidaturas que tenham viabilidade junto ao eleitorado, porque quem define quem vai ser o próximo governador é o povo, que pede renovação”, colocou. Olhem a frase. Olhem a palavra “renovação”. Ele tenta se posicionar no tabuleiro palaciano como o ”novo” diante de políticos já testados como o senador Benedito de Lira e o vice-governador José Thomaz Nonô.
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