Jorge Villas Bôas é médico sanitarista e assumiu a Secretaria Estadual da Saúde há um ano, depois de Alexandre Toledo (PSB) sair para assumir uma vaga na Câmara dos Deputados. Villas Bôas está na Sesau desde 2001 e já foi adjunto dos ex-secretários Álvaro Machado e André Valente. Demonstrando conhecimento profundo das questões de saúde pública, o entrevistado revelou que quando chegou à Secretaria, em 2001, o estado destinava R$ 300mil para custeio da saúde, em 2005 esse valor era de R$ 1milhão por mês. De 2006 até 2014, houve mais de 200% de aumento. Hoje o estado destina R$ 10 milhões a mais que o governo federal, apesar de a arrecadação federal ser muito maior.

O Secretário demonstrou entusiasmo com as ações de seu primeiro ano de gestão e fez um balanço de como será o último ano da Saúde no Estado. Mostrou simpatia pelo novo modelo de gestão do Hospital Universitário – profissionalizando a gerência dos serviços – e falou sobre modelos parecidos que têm sido implantados no interior de Alagoas. Dr. Jorge revelou ainda as medidas que têm sido adotadas para desafogar o Hospital Geral do Estado e a Maternidade Santa Mônica, assim como de seu ressentimento com o dinheiro minguado que vem do governo federal.

Como o senhor avalia a postura do governo diante da atenção básica?

O dever de casa principal é dos municípios, mas o estado tem que apoiar. 80% dos problemas de saúde da população podem ser resolvidas nas unidades básicas de saúde. Que a gente ainda não tem uma cobertura adequada, principalmente na capital. A capital Maceió tem cerca de 28% de cobertura do programa de saúde da família [PSF] e a estratégia que foi escolhida pelo governo do estado e estimulada pelo próprio Ministério da Saúde é apoiar os municípios, não só tecnicamente - com a equipe da diretoria de atenção básica -, como também financeiramente. O estado aporta recursos financeiros para 100 municípios, para melhoria da atenção básica. E o estado ajuda também na questão da construção de unidades básicas de saúde. Construção e equipamentos para dar melhores condições de trabalho às equipes da atenção básica. Esse é o governo que inicialmente está colocando recursos na atenção básica. Isso nunca aconteceu no estado.

 

Leia a matéria completa na edição desta semana do Cada Minuto Press já nas bancas!