De acordo com o próprio governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), ele e o senador Renan Calheiros (PMDB) conversaram em Brasília. O tucano participou da sessão do Senado Federal que discutiu a votação de um novo indexador da dívida pública que estados e municípios possuem com a União.

Um tema de extrema relevância para Alagoas. Isto é indiscutível. Porém, além da pauta oficial, a política local - conforme bastidores - também esteve em pauta. Não é de agora que circula no ambiente político as conversas e apostas sobre uma reaproximação entre Calheiros e Vilela.

Apesar de estarem em grupos políticos distintos, os dois sempre foram aliados históricos e nunca romperam de fato. Como diria José Thomaz Nonô (Democratas), "uma oposição nem tão oposição assim...".

Vilela falou sobre a reunião em sua página pessoal. De acordo com ele, colegas de estados penalizados pelos altíssimos juros pagos à União também estiveram com o presidente do Senado. Renan Calheiros teria assegurado colocar em votação a "lei que corrige em parte esta injustiça".

O chefe do Executivo voltou a reclamar da situação da dívida pública. "Sangra os cofres públicos de Alagoas, mensalmente, em R$ 50 milhões. São recursos que poderiam estar sendo usados em mais investimentos para a educação, saúde, segurança, infraestrutura".

O projeto de lei pretende diminuir os juros e encargos da dívida, que é impagável, mesmo com um desembolso mensal de cerca de R$ 400 milhões. A expectativa é que o projeto seja apreciado hoje, trocando a correção feita pelo IGP-DI pelo IPCA. A redução nos juros será visível e possibilitará mais dinheiro para os estados.

No caso de Alagoas, a dívida ultrapassa os R$ 7 bilhões. Vilela já afirmou - em outras situações - que os empréstimos contraídos pelo governo do Estado (que causaram polêmica justamente por ser mais dívida) não causam impacto significativo em função dos juros que foram negociados, mas é algo positivo - segundo o governador - pela capacidade aumentada de investimentos que o Estado passa a ter.

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