Pode não ser o discurso “oficial”, mas é o que se coloca internamente dentro do PMDB. Só os números do pragmatismo eleitoral tiram o deputado federal Renan Filho (PMDB) da disputa pelo governo do Estado de Alagoas.
O PMDB tem passos a seguir. O primeiro dele se dá agora nos meses de fevereiro, março e abril: traçar um plano de governo que possa ser apresentado para a sociedade, já com os partidos aliados. Entre eles, é esperado o PT, por exemplo.
O PT indicar um nome de um senador dentro da chapa encabeçada pelo PMDB é visto como uma “desculpa perfeita” para que o senador Fernando Collor de Mello (PTB) não esteja no grupo. Palavras de alguns peemedebistas.
Com o plano em mãos, o conselho político do PMDB se dedicará a analisar números. Estes vão determinar se Renan Filho será candidato ou não. O deputado federal – enquanto isto – se posiciona no tabuleiro de xadrez em busca da visibilidade que lhe garanta bons resultados em pesquisas qualitativas e quantitativas.
É do interesse do próprio senador Renan Calheiros (PMDB) que o filho seja o candidato ao Palácio República dos Palmares. Ambos – senador e deputado – estão bem posicionados nas pesquisas para consumo interno.
Porém, as chances de vitória devem ser claras para que esta candidatura se consolide. Ao que tudo indica, os resultados estão sendo positivos para os peemedebistas na execução de seus planos. Uma cautela planejada e pautada por ações estudadas.
O afastamento de Collor passa por esta pauta do PMDB. Fernando Collor de Mello pode agregar rejeição a um palanque. Novamente, os números ditam a pauta. Renan Calheiros – segundo fontes – já teve uma conversa com o ex-prefeito Cícero Almeida (PRTB). É uma aresta a ser aparada.
Almeida – como já dito aqui – vem sendo estimulado em um possível racha do chapão. Outras arestas devem surgir com o andar da carruagem. Em todo caso, o PMDB está focado: não abre mão de encabeçar o processo e trabalha nos bastidores pelo caminho mais viável. Quando se fala PMDB, leia-se: senador Renan Calheiros.
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