O prefeito de Maceió, Rui Palmeira, voltou a afirmar nesta segunda-feira (03) que o atual valor do transporte público é suficiente para manter o equilíbrio econômico das empresas de ônibus. A declaração acontece no último dia do prazo dado pela Justiça para que as empresas de transporte público de Maceió e o Ministério Público apresentem ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) os argumentos que mostrem a necessidade de ajuste da tarifa de ônibus.

A promotora Fernanda Moreira enviou ao TJ os documentos solicitados e chegou a afirmar que o aumento da passagem seria inviável neste momento. Em nota, a Associação dos Transportadores de Passageiros do Estado de Alagoas ressaltou a necessidade de um equilíbrio econômico e explicou que a defasagem do valor das passagens resultaria na possibilidade das empresas fecharem as portas.

"Sabemos do clamor social e que (o aumento da tarifa) é extremamente complicado para o usuário. Mas não podemos deixar como está porque as empresas já estão acumulando passivos, o que acabaria gerando uma crise ainda maior. É preciso buscar o equilíbrio econômico financeiro.", afirmou o assessor especial da Transpal, Alexandre Rangel.

Ainda de acordo com a Transpal, sem o reajuste nas tarifas, as empresas de transporte correm o risco de fechar as portas. “O atual estágio é preocupante e as empresas correm o risco de fechar as portas antes mesmo da licitação do transporte público”, disse.

Sobre o argumento apresentado pelos empresários de que a defasagem no valor da tarifa estaria provocando uma “quebra” na empresa, o prefeito de Maceió RuiPalmeira disse que a prefeitura não pode ser penalizada.

“Se as empresas estão passando por algum tipo de crise financeira, a gestão municipal não pode ser penalizada. Esta é uma questão gerencial e de competência dos gestores. Nada tem a ver com a prefeitura”, ressaltou.

Palmeira criticou ainda a isenção de impostos por parte dos empresários. “As empresas, desde a gestão anterior, se auto isentaram do pagamento de impostos e tributos. Ou seja, esse valor já não consta nas planilhas desses empresários.

A Transpal havia se posicionado a favor da desoneração de impostos. Em nota, a empresa menciona o repasse do Fundo de Transportes Urbanos e a isenção do ICMS, do diesel, o pagamento do ICMS do combustível , isenção de IPVA nos veículos do sistema de transporte coletivo ou qualquer outro subsídio pelo Estado.