Conversei com o deputado federal Renan Filho (PMDB) sobre a possibilidade do ex-prefeito Cícero Almeida (PRTB) ser seu vice, em uma disputa pelo governo do Estado de Alagoas.

O nome de Almeida tem sido cogitado como vice de Renan Filho – em uma chapa sem a presença do senador Fernando Collor de Mello (PTB) – desde que Collor estimulou Almeida a disputar o governo, com base em uma pesquisa do PRTB. Seria uma resposta dos peemedebistas ao senador petebista?

Durante o diálogo, Renan Filho apenas avaliou que Cícero Almeida é um “excelente nome do grupo para ser indicado a vice”. Porém, fez uma ponderação: “ele é um grande nome, mas tem outros. O PT também tem bons nomes para indicar. Temos que conversar sobre a composição. O PT – por exemplo – também demonstra intenção de indicar um nome ao Senado”.

Sendo assim, se o PT indica o candidato ao Senado Federal da chapa, o caminho de Almeida para ser vice se torna uma avenida aberta? Respostas que as negociações trarão. Vale ressaltar que o próprio PMDB também cogita lançar um postulante ao Senado: o ex-prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa. 

Por enquanto, o foco de Barbosa segue sendo a Câmara de Deputados. Sobre estas aliança, Renan Filho explica: “temos que seguir conversando. No grupo, como disse, há bons nomes. Com a retomada dos trabalhos no Congresso, das atividades parlamentares, as conversas andarão mais tanto aqui, quanto em Brasília. Vão evoluir de forma mais tranquila, com diálogos entre os partidos de forma mais efetiva. Fevereiro e março serão meses importantes para se definir”.

Indaguei ainda ao deputado federal se a possibilidade dele ser o candidato ao governo pelo PMDB seria maior que a do postulante ser o senador Renan Calheiros. Renan Filho respondeu: “estamos terminando um plano de desenvolvimento. Este plano é a proposta que temos a mostrar para Alagoas. Um plano de desenvolvimento que é o caminho para que se reverta os índices negativos que o Estado acumula. Este é o primeiro ponto. Depois disto, faremos uma pesquisa ampla – qualitativa e quantitativa – de forma detalhada para poder tomar uma decisão sobre candidatura”.

De acordo com Renan Filho, o nome a ser posto pelo PMDB será o que melhor tiver condições de vitória. “Não vamos lançar candidato por lançar. Se não vencer a eleição, não adianta. Temos que vencer para poder colocar em prática este plano que estamos trabalhando”.

Perguntei ao deputado sobre a presença do senador Fernando Collor de Mello em uma chapa, Renan Filho foi extremamente cauteloso. "Collor é um nome muito forte para o Senado Federal. Ele tem dialogado em busca da melhor aliança possível para garantir sua eleição. Queremos construir também uma aliança ampla para chegar a vitória. Há chances de aliança com todos os partidos da base da presidente Dilma Rousseff. Mas precisamos discutir com todos. Collor sem dúvida é um dos nomes mais competitivos para o Senado, mas na montagem da chapa só pode ter vaga para um candidato ao Senado e há quem também reivindique esta vaga. Então, vamos conversar. É um processo”.

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