Enquanto os principais atores apenas iniciam o trabalho de “engordar” alianças e melhorar a condição física para a concorrida e disputada corrida eleitoral de 2014, o fato que fica claro é que em Alagoas a eleição significará o julgamento soberano do povo com relação à administração do governador Vilela.


Desde 2007 na chefia do Executivo, sofre um desgaste imenso na sociedade em função de respostas pífias em áreas essenciais como segurança, educação e saúde. Especificamente no caso da segurança, as mudanças no comando anunciadas em janeiro não representaram nada, não representaram modificação alguma na escalada de homicídios, a não ser uma estratégia objetivando desviar o foco. Entretanto, janeiro mal terminou e o número de assassinatos foi maior do que em 2013 e 2012. É assustador.


Diante desse quadro de desgaste do governador, fica claro que as eleições majoritárias serão polarizadas pela situação e oposição. São dois grupos antagônicos que vêm se enfrentando nos últimos pleitos. Essa é a essência do debate, queiram ou não as eminências pardas e os áulicos palacianos.


O confronto irá ocorrer entre o palanque da presidente Dilma, que em Alagoas é representado pelo PT do deputado Paulão, o PMDB do senador Renan Calheiros, o PTB do senador Fernando Collor, o ex-prefeito Cícero Almeida e o seu PRTB e pelo PDT do ex-governador Ronaldo Lessa. O governador Vilela estará no comando da trincheira de oposição ao PT do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.


Portanto, acredito na existência de um clima de cordialidade e unidade que vem caracterizando os partidos de oposição em Alagoas desde eleições recentes, casos de 2010 e 2012. A tese de revanchismo político não se sustenta entre Lessa, Collor e Renan. O passado recente é prova. Em política, divergências pretéritas ficam no baú da história.


Exemplo concreto disso foi o manifesto assinado por 17 partidos da base aliada da presidente Dilma que fazem oposição aos tucanos de Alagoas. Momento que antecede a definição das coligações, o aval de Collor, Almeida, Renan, Lessa e mais de 800 lideranças numa confraternização de final de ano contra os oito anos de gestão dos tucanos, foi estratégico e poderoso.

E aqui vou repetir o que já escrevi em outra postagem: É de bom tom os candidatos não esquecerem o que já foi aconselhado por um ex-governador. Ele dizia que para ganhar eleição é preciso saber e controlar quatro operações básicas: somar adeptos (+), diminuir adversários (-), multiplicar esforços (x) e dividir tarefas (:).