De acordo com os bastidores políticos, tudo se encaminha para que o candidato do PMDB ao governo do Estado de Alagoas (e consequentemente pode ser o do chapão de oposição) seja o deputado federal Renan Filho. É a aposta até dos situacionistas, como - por exemplo - o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), que é pré-candidato ao Executivo.
O nome de Renan Filho tem ganhado força na "bolsa de apostas". Todavia, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) - que busca a vaga de candidato ao Senado na frente de oposição a Vilela - afirma não haver "entendimento no grupo ainda em relação ao nome de Renan Filho".
Collor deixa a entender que se o nome indicado pelo PMDB for mesmo o de Renan Filho se abre uma nova rodada em busca de entendimentos. O senador afirma que só há consenso em relação ao nome do presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros (PMDB), caso este dispute o governo do Estado.
A própria condição de Collor como senador do grupo vem sendo questionada nos bastidores. Há uma possibilidade de indicação de um senador por parte do PMDB. No dia de ontem, 22, Nonô chegou a afirmar - inclusive - que não há portas fechadas para uma reaproximação entre Vilela e Calheiros.
O que complicaria ainda mais o tabuleiro para Collor. Entretanto, a possibilidade é vista como remota a esta altura do campeonato.
Questionei Fernando Collor de Mello se houve algum diálogo com o senador peemedebista sobre a possibilidade de Renan Filho ser o candidato, e ele - Collor - permanecer no grupo como candidato ao Senado. O petebista respondeu: "Em nenhum momento fui procurado pelo senador Renan Calheiros para que me fosse apresentado o nome do deputado federal Renan Filho. O senador Renan não me procurou nem para dizer se Renan Filho estava bem de saúde, se estava tudo bem com ele, ou como estava o seu mandato".
"Absolutamente não fui procurador. Até o presente momento eu tenho apenas o nome de Renan Calheiros como consenso na oposição para ser o nosso candidato ao governo do Estado", complementou ainda.
No final do ano passado, a frente de oposição realizou uma "confraternização" com a presença de 17 partidos. Renan Calheiros e Collor estavam presentes.
Foram muitos os discursos inflamados. Desde então, Calheiros diz que não há espaço para composição com os palacianos. Vilela já afirmou também que não há "portas abertas, nem fechadas" para o senador Renan Calheiros, mas que seu diálogo tem que ser com os que foram a base de sustentação do governo. Do lado de Vilela, a conversa é com oito partidos.
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