Quase quatro anos após o brutal crime, o réu confesso José Jorge da Silva, está sendo julgado desde às 09h00 da manhã desta quinta-feira no Fórum de Arapiraca. O motivo do júri popular, o réu matou a ex-companheira e comeu seu coração dentro de um galpão, localizado na Rodovia AL 220, no bairro Planalto, em Arapiraca.

O julgamento acontece na sala da 5ª Vara Criminal de Arapiraca e o júri está sendo presidido pelo juiz Alfredo dos Santos Mesquita. A expectativa é de que o julgamento seja finalizado no período da tarde, tendo em vista que o réu já assumiu o crime.

Porém, a defesa do réu irá trabalhar na tese de que o mesmo apresenta problemas mentais, por isso, não deve ficar preso junto com reeducandos normais, como vem acontecendo, já que está preso desde 2011.

O CRIME

Em 2010, José Jorge da Silva vivia junto com Patrícia Vicente da Silva e teria sido motivado a cometer o crime por uma possível traição. Então, o acusado levou a vítima até um galpão, agrediu, arrancou e comeu o coração da então companheira.

Então foragido, José Jorge foi preso em 2011 em Sergipe por roubo a carro e confessou ter matado a companheira em Arapiraca. Desde então, está preso pelos dois crimes. Ao MinutoArapiraca, o réu confessou o crime e deu detalhes das cenas de horror.

No vídeo, José Jorge disse que só matou Patrícia Vicente da Silva porque a mesma estava o traindo com outro homem. “Estava convivendo com ela há um ano e oito meses. O negão chegou num local onde a gente estava e ela ficou com ele. Eu disse a ela – faça um bom proveito, porque sou homem e vou matar você”, explicou.

José Jorge contou que procurou Patrícia para reconciliação e que os dois consumiram bebida alcoólica antes de cometer o crime. “Passei dois dias em casa, depois a procurei e saímos para beber. Só que ai passou um rapaz na pista e eu comentei com ela dizendo que parecia com o cara com quem ela havia me traído e ela falou que preferia que fosse ele”, informou.

A partir daí, José Jorge começou a contar detalhes da forma como matou a jovem Patrícia. Ele falou que a atingiu apenas com um golpe de faca e que depois tirou os órgãos de dentro do corpo.

“Arrochei a faca na barriga e sai abrindo, espatifei tudo, o fato, tripa, e puxei o coração dela. Peguei o coração e levei para casa de um amigo meu em Palmeira dos Índios. Pedi pra torrar no óleo e ele perguntou se era de bode. Fiz tira gosto com a cachaça. Só quem comeu foi eu”, detalhou.

“Era pra ter deixado ela. Mulher não só existia ela. Foi um momento de raiva naquele momento. Meu amor deu pra outro, fiquei revoltado”, completou José Jorge, se dizendo arrependido por ter cometido tal barbaridade.