Comentei em um post anterior do poder de negociação política do PMDB e de como este se amplia diante da candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB) ao Executivo estadual.
O parlamentar peemedebista é um dos que mais possui bases sólidas no interior do Estado de Alagoas. Tem o apoio de 40 prefeituras municipais. Além disto, conta com o apoio de pelo menos 25 grupos fortes de oposição nos municípios onde não tem parceria política com o prefeito.
Com disse anteriormente, se Renan Filho for candidato ao Executivo estadual, pode redirecionar sua base entre aliados e até mesmo “converter” opositores, ampliando o grupo de apoio. Pode atrair líderes de partidos como o parlamentar Givaldo Carimbão (PROS), ofertando o apoio destas bases.
Um poder de negociação política que pode surpreender, já que o deputado federal tem apoio até de setores do PSD, por mais que João Lyra – deputado federal e comandante do partido em Alagoas – feche uma aliança com o atual governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Para o PMDB, um trunfo na formação de alianças oferecendo a possibilidade do grupo eleger cinco deputados federais em função do coeficiente eleitoral. O grupo já tem candidaturas consideradas fortes como a de Cícero Almeida (PRTB), Luciano Barbosa (PMDB) e Marx Beltrão (PMDB).
Sem Renan Filho na disputa proporcional, eis um grupo que pode ser ampliado, como já havia afirmado anteriormente. Uma base construída ao longo de anos que pode fazer a diferença. As composições proporcionais ajudam também – obviamente – a fortalecer a disputa pelo Executivo.
A cartada pode ajudar o PMDB a decidir pela candidatura de Renan Filho, permanecendo o senador Renan Calheiros em Brasília, no Senado Federal. Óbvio que não o principal fator. Afinal, há uma preocupação pragmática na escolha. É um dos motivos pelos quais as possibilidades da candidatura de Renan Filho vem se tornando extremamente viável.
Por enquanto, a leitura é de que é preciso cautela. Os peemedebistas – entretanto – sabem do que o partido tem a oferecer, independente de chapão de oposição, enfim...um diálogo que deve surgir no momento certo para atrair partidos com a promessa de um caminho mais fácil para a sonhada Brasília. Um capital político que “vale muito”. Como diz um peemedebista – confirmando a análise feita por este blog – “construído ao longo de anos e com compromissos mantidos pelo senador Renan Calheiros”.
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