Os Agentes Penitenciários, que passaram a semana acompanhando a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado, após o governo não cumprir o acordo com a categoria de enviar o Projeto de Lei que visa incorporar a bolsa auxílio nos salários dos servidores.
Em entrevista ao CadaMinuto, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (Sindapen), Jarbas Souza, explicou que a categoria vinha tentando um diálogo com o governo para evitar uma mobilização neste momento, já que o sistema prisional enfrente sérias dificuldades de questões de segurança, como ocorreu na última fuga em massa, em dezembro do ano passado.
Segundo ele, a pretensão era que os parlamentares criassem uma emenda para contemplar os servidores. A bolsa auxílio no valor de R$ 1mil foi acordada para ser incorporada no piso da categoria, que é de R$ 1.700. Outro ponto também reivindicado pelos agentes é a dotação orçamentária para realização do concurso público e recomposição do quadro de funcionários, que também não foi atendida.
Souza explicou que o aviso de greve foi protocolado ainda nesta semana, quando eles não tiveram nenhuma posição do estado. “Nós paralisar no sábado pela manhã e não vamos permitir que nenhuma visita entre no sistema prisional nem que qualquer outra pessoa seja colocada para fazer o nosso serviço”, acrescentou.
“As pessoas que foram contratadas pela Superintendência para fazer a segurança das unidades no período de greve não entrem no sistema armado, sem que tenham permissão para usar a arma. Estaremos com o pessoal da Polícia Civil que dará apoio ao nosso movimento e elas receberão voz de prisão”, emendou Souza, salientando que a categoria esperava algumas mudanças de administração no Sistema Prisional com a vinda do novo secretário de Defesa Social Eduardo Tavares.
“Nós lamentamos muito o novo secretário não ter feito nenhum mudança no sistema”, enfatizou.