O dirigente tucano Marco Fireman - que deixará a pasta da Infraestrutura para assumir a missão de coordenar o PSDB nas eleições de 2014, além de ser o pré-candidato do partido ao governo do Estado - é o entrevistado das Páginas Vermelhas do CadaMinuto Press, que chegará às bancas na sexta-feira, dia 17.
Fireman conversou com a jornalista Candice Almeida sobre a atuação da Infraestrutura, sobre o governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) e - evidentemente - sobre eleições e o cenário político deste ano.
O tucano demonstrou crença na união do grupo de oito partidos em torno de uma única frente na disputa pelo Executivo estadual. Todavia, não descarta a possibilidade de racha por dois motivos: uma possível estratégia ou até mesmo ausência de entendimento entre as legendas que também possuem seus pré-candidatos.
Disputam o governo dentro do grupo palaciano o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), o senador Benedito de Lira (PP), e o deputado federal Alexandre Toledo (PSB). Quanto ao racha, Fireman respondeu a Candice Almeida: "é possível. Se for estratégico que haja um racha, pode ser, como aconteceu na campanha para prefeito em 2012. Na eleição para governador, tanto pode ser para provocar um segundo turno, quanto por não entendimento em relação aos presidenciáveis".
Porém diz que a possibilidade é "remota em virtude de Alagoas ter um percentual muito pequeno na eleição nacional". "Então a situação local é mais importante que a nacional, porque isso não vai ter grande diferença. Haverá votos aqui para cada um dos candidatos, portanto, juntando ou dividindo palanque, na hora de ver quantos votos vai para cada um, é insignificante. Num colégio eleitoral como MG, SP ou RJ poderia ter relevância. Aqui, pode até acontecer, mas não acho que seja provável. Meu sentimento é de que sairemos unidos e que será uma eleição de um turno. Será uma polarização grande entre dois grupos e será definido em um turno. Vamos aguardar!".
Fireman disse que do grupo que tem mais força política hoje para disputar o governo é o senador Benedito de Lira (PP), porém foi claro ao afirmar que é um dos nomes do jogo eleitoral e que os aliados vão se basear em pesquisas qualitativas e quantitativas que serão feitas e analisadas no mês de abril.
Sobre o governo de Vilela, ele analisa: "o que puxa avaliação do governo para baixo é saúde e segurança pública, mas é uma questão nacional. Ninguém sabe o que é responsabilidade estadual e o que é federal". Sobrou até para o ex-prefeito Cícero Almeida (PRTB): "Cícero Almeida deixou os postos de saúde se acabarem, o governador não é uma pessoa que polemiza e vai à mídia denunciar os postos de saúde fechados. Agora o Rui está se esforçando para colocar tudo em funcionamento".
"Outra coisa que atrapalha muito o governo é que a principal mídia do estado é oposição. Então todos os dias o jornal descendo a lenha no governo acaba puxando a avaliação para baixo. Mas em determinados setores a avaliação é positiva. Quando junta tudo é que a avaliação cai por causa de saúde e segurança. Quanto à Comunicação do Estado, agora estou gostando, agora acho que ele acertou, acho que o governo não teve bons resultados no passado. Não quero aqui falar a respeito. Mas uma das razões é o baixo investimento. Nosso estado é um dos que menos gasta com propaganda".
O titular da Infraestrutura ainda foi indagado sobre a presença do supersecretário Luiz Otávio Gomes presente na lista dos que podem disputar o governo e ter peso político. "Não conversei com Luiz Otávio Gomes e não sabia que sairia da secretaria por vontade política. Sabia que ele sairia por vontade própria. Anteriormente ele quis sair também, mas acabou convencido pelo governador, e ele vinha dizendo que em janeiro sairia do governo. Não sei se ele realmente tem pretensão de disputar, ou se ele tem potencial e seu nome está sendo cogitado nesse quadro. Ele dizia que queria sair porque ele tem as empresas dele e o governo tira a gente do foco de nossas atividades empresariais. Eu não sei se ele tem potencial eleitoral, porque, como eu, ele nunca foi testado pelas urnas. Mas ele tem um currículo interessante, uma pessoa que prestou um bom serviço ao governo do estado, o que o credencia para uma disputa, mas não é um político, nem participa da vida política do partido".
A entrevista na íntegra estará nas bancas nesta sexta-feira.
Estou no twitter: @lulavilar