O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) - após ser oficializado como o pré-candidato ao governo do partido - entrou de vez na disputa, inicialmente interna!, para viabilizar a própria candidatura ao Palácio República dos Palmares.

No dia de ontem, o vice-governador almoçou com o "supersecretário" de Planejamento e Desenvolvimento da gestão de Teotonio Vilela Filho (PSDB), Luiz Otávio Gomes, o LOG. O secretário deixa o governo esta semana, mas não abandona a influência sobre a pasta. Sua adjunta, Poliana Santana estará no comando.

LOG só aceita ser candidato -  conforme bastidores políticos - se for um nome indicado a majoritária. Não é o único "pré-candidato" dos tucanos, que também apostam as fichas no secretário de Infraestrutura, Marco Fireman, que também deixa o governo "sem deixar", indicando Marcos Vital para a pasta.

O almoço de Nonô e de LOG teve como prato principal as eleições de 2014. O vice-governador - evidentemente - defende uma aliança com os tucanos com dois argumentos: ninguém conhece o governo melhor que Nonô, que esteve ao lado de Vilela nos quatro anos e desempenhou algumas funções para além do cargo de vice, como o Fecope e a Reconstrução. O segundo argumento: o alinhamento com os palanques nacionais, mantendo o espaço do senador Aécio Neves (PSDB) em Alagoas e não condenado o PSDB ao papel de coadjuvante do processo. Estes são os bastidores.

Nonô pode ainda - segundo bastidores - ser o candidato ao Senado Federal em uma chapa governista, sendo esta encabeçada pelo senador Benedito de Lira (PP), pelo deputado federal Alexandre Toledo (PSB), ou até mesmo por um tucano.

Sobre a pré-candidatura, Nonô diz que "aguardou o governador" para poder se posicionar no tabuleiro de xadrez político. "Eu lamento a decisão do governador. Ele poderia repensar. Mas, eu trabalho com o que ele disse. Fazer parte deste governo despertou a vontade de ser candidato. O Vilela pode estar com vontade de descansar. Eu não estou. Como já disse, ninguém conhece o governo mais do que eu. Sei o que deu certo e é correto, assim como sei os pontos que precisam de aperfeiçoamento".

O vice-governador disse que sempre se manteve "respeitoso" em relação ao processo político. "Não sou um alucinado por uma candidatura. Destes que afirmam que não abrem nem para um trem. Eu quero que meu nome esteja inserido neste contexto e que a sociedade avalie a possibilidade. Tenho 35 anos de vida pública limpa. Isto deve valer alguma coisa. Tenho quatro anos de gestão no Executivo e o que me foi dado para tomar conta, eu acredito que tomei conta direitinho".

Nonô disse ainda ter um estilo diferente do de Vilela. "É natural. Somos diferentes. Mas, nestes quatro anos formamos uma boa dupla, com estilo diferentes, mas que foram complementares. Tanto que, na minha avaliação, trabalhos bem. E o governador tem uma grande qualidade na política: não tem ciúme de homem", brincou ainda o líder do Democratas.

O vice-governador diz que chegou a hora de se expor. "Tem pessoas que disseram para mim: 'eu quero votar em você, mas você não diz que é candidato, como posso votar. Eu tenho gostado das conversas que estou tendo e o partido acertou em tomar uma posição", finaliza Nonô. No dia de hoje, Nonô segue com a rodada de conversas. Dialoga com o prefeito de Paripueira, Abraão Moura do PP do senador Benedito de Lira.

Estou no twitter: @lulavilar