A provável candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB) ao governo do Estado de Alagoas - como tudo indica, conforme os bastidores do partido - pode abrir uma negociação das bases eleitorais que seriam do peemedebista, no caso de uma disputa proporcional. Com isto, são apoios de prefeituras importantes que seriam oferecidas a aliados com pretensões de eleger deputados federais.
Dentro do PMDB, já tem pré-candidato de olho nestas bases.
Pelas contas de alguns peemedebistas, Renan Filho tem o apoio de mais de 40 prefeituras municipais em Alagoas, que estariam engajadas na campanha do filho do senador Renan Calheiros (PMDB). Além disto, tem alianças com oposições fortes em regiões. São 25 grupos de oposição em alguns municípios.
Com Renan Filho alçado à disputa pelo Executivo, estas bases poderiam ser ofertadas a aliados como Luciano Barbosa (PMDB) e Marx Beltrão (PMDB), em uma disputa pela Câmara de Deputados.
Porém, fatiada também para atrair novos partidos aliados, como o PR do deputado federal Maurício Quintella Lessa (PR). Quintella foi um dos nomes citados por um fonte, mas é do grupo palaciano. Aqui se trata de uma conjectura de bastidores, feitas por alguns pré-candidatos, não significa que o parlamentar já foi alvo de sondagem.
É o que dizem pelos bastidores, repito.
Renan Filho possui parcerias em prefeituras como Palmeira dos Índios, Marechal Deodoro, Satuba e Matriz de Camaragibe. É a "bolsa-prefeito" das eleições municipais. Claro, são negociações políticas que dependem da confirmação de Renan Filho ao Executivo.
O grupo do qual o PMDB faz parte - que é a frente de oposição - possui fortes candidatos à Câmara de Deputados. Além de Luciano Barbosa (que pode ainda disputar o Senado Federal), e de Marx Beltrão, há nomes de outras siglas, como o ex-prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PRTB), o deputado estadual Antônio Albuquerque (PRTB), dentre outros.
No caso de Albuquerque, este já possui reduto eleitoral. Cícero Almeida é tido como um candidato que sai bem votado da capital alagoana.
A "bolsa-prefeito" é um mecanismo para atrair pré-candidatos que não possuem tantos redutos ou possuem votos pulverizados, que não conseguem ser arregimentados por importantes lideranças políticas. Todos os pré-candidatos buscam estas alianças. Se não no "bolsa-prefeito", no "bolsa-vereador", em um sistema de transferência de votos.
No mais, caso Renan Filho seja candidato ao Executivo, Renan Calheiros segue no Senado Federal. Participa diretamente do pleito, mas não seria candidato.
O PMDB segue em um chapão unificado que traria ainda - na majoritária - a candidatura do senador Fernando Collor de Mello (PTB)? Uma dúvida que volta a rondar os bastidores após o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ter desistido da candidatura ao Senado Federal. Sem Vilela, abre-se uma avenida para a disputam, que pode incentivar novos nomes a quererem o espaço.
Estou no twitter: @lulavilar