Quem lembra da campanha de 2006 – que conduziu, pela primeira vez,  Teotonio Vilela Filho (PSDB) ao governo do Estado de Alagoas – não imaginaria que, ao final de sua gestão, Vilela teria tratativas tão próximas de uma aliança com o deputado federal João Lyra (PSD).

Vilela e Lyra protagonizaram uma campanha política – em 2006 – que entrou para a história, com acusações de ambos os lados. De um lado, a associação entre o nome de Lyra e o crime de mando, lembrando dos personagens aliados. Do outro, colocando Vilela como letárgico, sonolento e até um suposto escândalo envolvendo o FAT.

Ficou na história. Uma busca no google ou no youtube e o passado relembra os rivais. Lyra – derrotado nas urnas – terminou reclamando que o pleito foi fraudado. Colocou na conta do tucano. Em um dos comícios, Vilela afirmou que João Lyra era candidato por “capricho”. Trazia “um chicote na mão e um saco de dinheiro na outra”.

Este não é o primeiro, nem será o último, exemplo de como a recente história política local e nacional transforma aniversários em aliados, como se transforma água em vinho. O PSD de João Lyra está a um passo de integrar a base aliada do governador Teotonio Vilela Filho, conforme informações de bastidores.

O mesmo PSD que esteve representado pelo deputado estadual Dudu Holanda no almoço de confraternização do chapão de oposição que foi comandado pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT). O mesmo PSD que já foi alvo do PMDB em conversas na Executiva nacional do partido, o que irritou o deputado federal João Lyra.

Vilela e Lyra tiveram um primeiro encontro.  O PSD é um partido que hoje está próximo do senador Benedito de Lira (PP), que é aliado do governador tucano. João Lyra seria muito bem recebido na chapa proporcional que disputa as cadeiras da Câmara de Deputados.

Lyra ajuda no coeficiente que pode eleger quatro candidatos. E aí, a disputa é interna entre os principais nomes que venham a compor a frente. Estão entre eles os deputados federais Givaldo Carimbão (PROS) e Maurício Quintella (PR), além de Pedro Vilela (PSDB), que é a “promessa tucana” do pleito. 

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