O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) – como antecipou este blog – conversou demoradamente com o senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB). Nonô é avaliado, nos bastidores, como alguém que perdeu espaço nas negociações políticas para a montagem da chapa de situação, mas tem se movimentado bastante em busca de consolidar uma candidatura e participa – como ele mesmo coloca – ativamente no processo.
Nos bastidores políticos, Nonô é apontado como um forte nome para concorrer ao Senado Federal em uma frente única dos palacianos, que aglutinaria o PSDB, o PP, o PR, o PROS, o PPS e o próprio Democratas. Outros partidos – PSD e Solidariedade – pode integrar a chapa.
Porém, o Democratas também briga pela cabeça. A avaliação é a correlação com os palanques dos presidenciáveis. A presidente Dilma Rousseff (PT) tem portas abertas com a candidatura do PMDB e com o PP do senador Benedito de Lira. O governador de Pernambuco, com Eduardo Campos (PSB) com o deputado federal Alexandre Toledo (PSB). Eis um assunto colocado para Aécio Neves. Não há palanque que abra espaço em Alagoas para os tucanos.
O PSDB avalia a situação – não só em função de Alagoas, mas por conta de outras unidades da federação – e com isto já sentenciou: as alianças estaduais dos tucanos com vista às eleições deste ano terão que ser aprovadas pela direção nacional do partido.
Fala de Aécio Neves: "é muito importante que as alianças regionais –obviamente que respeitadas as lógicas locais– atendam também às circunstâncias, aos interesses da aliança nacional. Obviamente, haverá a delegação para que a condução seja feita pelos diretórios estaduais, mas a homologação das alianças, das chapas estaduais, passará pelo crivo da direção nacional do partido".
O vice-governador avalia que se o PSDB não protagonizar o processo de composição da frente agora pode acabar abrindo uma via de extinção ou enfraquecimento sem volta do diretório no Estado de Alagoas. Os tucanos – sem Vilela na disputa – sofrem para conseguir um nome com densidade testada pelas urnas. Os que são apontados como possíveis pré-candidatos são Marco Fireman, Luiz Otávio Gomes e Álvaro Machado (secretários estaduais). Além deles, o ex-procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares.
Uma via aberta para se defender DEM-PSDB na cabeça da chapa. Porém, do outro lado do tabuleiro quem busca consolidar uma candidatura é Benedito de Lira (PP). Alexandre Toledo – o deputado federal do PSB – também está no jogo.
Em relação à decisão de submeter alianças regionais à cúpula do partido, o PSDB diz que é algo já previsto no estatuto da legenda. É uma posição semelhante a que foi adotada pelo PT, ainda no ano passado. Neves diz que – apesar da imposição da legenda – procurará respeitar as questões regionais e atrair para o arco de alianças siglas que hoje integram a base do governo da presidente Dilma Rousseff. "Preparem porque vocês vão ver partidos que vão estar na situação no plano nacional e na oposição em relação às realidades locais", disse o senador.
"Alguns partidos que estão hoje na base do governo, acho que aguardam um momento para a decisão, aguardam o quadro clarear um pouco. Cabe a nós mostrarmos que temos um projeto tão ou mais viável do que aqueles que estão hoje no poder", afirmou.
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