Aliados ao projeto do tucano Teotonio Vilela Filho (PSDB) em Alagoas, o PP do senador Benedito de Lira e o PROS do deputado federal Givaldo Carimbão disputam espaços com o PMDB do senador Renan Calheiros para a recomposição dos ministérios do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). No cenário local, o PMDB, este sim!, é força de oposição a tucanos.
De acordo com informações de Brasília, o PMDB e o bloco formado pelo PP e pelo PROS buscam espaços maiores na reforma ministerial que deve ocorrer nestas próximas semanas. O embate pode trazer para os holofotes denúncias e acusações de sabotagem na liberação de emendas. O Ministério das Cidades – comandado pelo PP – é acusado de barrar dinheiro para emendas de peemedebistas, por exemplo.
Uma guerra não tão silenciosa que vem sendo travada em Brasília. O PROS – que tem Carimbão na coordenação do processo político – briga para ficar com o Ministério da Integração.
Em conversa com este blogueiro, Carimbão não cita pastas, mas diz que já há um acordo fechado para que o PROS ocupe uma cadeira no escalão ministerial. O nome indicado pelo partido é o de Ciro Gomes, independente de qual seja o ministério.
O Ministério da Integração também é cobiçado pelos peemedebistas e pode ser indicado pelo senador Renan Calheiros. O PP – por sua vez – entra no jogo para aumentar a cota de indicações. O PP e PROS se alinham na luta para evitar que o PMDB abocanhe mais do governo de Dilma Rousseff.
Segundo fontes, o PMDB até abriria mão da Integração, se ficasse com o Ministério das Cidades que atualmente é do PP. Por qual razão o Ministério das Cidades (principalmente este) e da Integração são tão cobiçados? Emendas que permitem que muitos políticos realizem obras ou liberem recursos para as suas bases. Em ano eleitoral, um trunfo.
No caso do Ministério das Cidades, por exemplo, o orçamento previsto é de R$ 22,98 bilhões. Destes, mais de R$ 6 bilhões para investimentos. Lucro eleitoral em vista. É um ministério bem mais vantajoso que o da Integração Nacional.
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