O "grupo palaciano" - como já havia antecipado este blog, em entrevista com o deputado federal Givaldo Carimbão (PROS) - segue confiante na possibilidade de agregar novos aliados na candidatura de situação.
Dois partidos estão na mira: o Solidariedade do deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC. Caldas tem um discurso independente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas e já fez duras críticas ao governo do Estado, chegando a questionar ações - ou a ausência delas! - na área da segurança pública, por exemplo. O outro é o PSD do deputado federal João Lyra.
Porém, o Solidariedade se aproximou muito do PP do senador Benedito de Lira, após a licença do deputado federal Arthur Lira. O gesto do parlamentar abriu espaço para que o João Caldas (SDD) - que é pai de JHC - retornasse à Câmara de Deputados.
Desta forma, com Lira no grupo, a composição é possível. A candidatura de JHC à Câmara de Deputados também é vista com bons olhos por aqueles que estão entre os palacianos e que querem ocupar cadeiras proporcionais em Brasília. O jovem deputado estadual ajudaria muito no coeficiente eleitoral.
JHC ainda não bateu o martelo se será candidato ao cargo de deputado federal. Mas a possibilidade é grande.
O outro partido é o PSD do deputado federal João Lyra. O governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) já iniciou tratativas com Lyra. Ambos já protagonizaram uma rivalidade que ficou na história da recente política. Em 2006, na campanha para o governo, Vilela dizia que trazia as mãos limpas. Referência indireta a Lyra e a seus aliados da época.
Uma parceria que passa a "borracha" em muita coisa, caso esta saia do papel. Assim como o Solidariedade, o PSD de João Lyra também já se aproximou de Benedito de Lira. O deputado federal - que integrava o PTB do senador Fernando Collor de Mello - anunciou o apoio ao PP quando descobriu que nos bastidores o "chapão de oposição" foi em busca do PSD diretamente em Brasília, sem passar pela direção estadual.
João Lyra soltou até nota oficial dizendo que quem mandava no diretório estadual da sigla era ele. Caso se confirme a aliança com as duas novas legendas, o grupo palaciano amplia para nove agremiações em diálogo. De acordo com os "caciques" situacionistas, a ideia é lançar uma frente única.
Todavia há arestas a serem aparadas. É como um time de muitas estrelas em que muita gente quer definir a partida com um gol de placa. Sem contar com os números de pesquisas internas que sempre impulsionam decisões mais pragmáticas. PSDB, PP, Democratas e PSB são os partidos com nomes em seus quadros dispostos a brigar pelo protagonismo.
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