Após o anúncio a imprensa, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) reafirmou que não é candidato ao Senado Federal em um almoço com os líderes de partidos da base aliada, longe dos holofotes da imprensa.

Os que lá estiveram não acreditam que tenha sido um blefe do chefe do Executivo. Crêem que a desistência é para valer.

Os deputados federais Givaldo Carimbão (PROS), Maurício Quintella (PR) e Alexandre Toledo (PSB), o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), o senador Benedito de Lira (PP) e o próprio PSDB já começam a mexer em seus partidos na busca pelas novas “peças do tabuleiro”.

Sobre o assunto, comentei durante o dia. Embates internos podem surgir. Pelo Executivo, o PSB apresenta Alexandre Toledo. Para o cargo, há o nome de Benedito de Lira e José Thomaz Nonô.

Porém, diante da nova conjuntura, já que não assume o governo do Estado, o vice-governador pode ser indicado para disputar o Senado Federal, partindo para um embate eleitoral com o senador Fernando Collor de Mello (PTB), Heloísa Helena (PSOL) e – quem sabe! – se for consolidada a candidatura de Luciano Barbosa (PMDB).

No embate interno entre Nonô e Benedito de Lira, a avaliação é que Lira sai ganhando em relação à preferência pelo Executivo. Mas isto entre os dois. E com Alexandre Toledo no jogo? E se surgir um tucano... e ele ganhar força dentro do grupo?

Na disputa pelo Senado, outros nomes – como já citados aqui – também são apontados, como Eduardo Tavares (PSDB) e Givaldo Carimbão (PROS).

A abertura dos espaços e as possibilidades discutidas para a majoritária agradam aos candidatos que vão disputar cadeiras da Câmara de Deputados.

Afinal, Alexandre Toledo e Carimbão podem acabar focando energias em outros alvos que não a disputa pela proporcional, abrindo uma avenida. Pode ser bom para os candidatos à Câmara. Diminui a concorrência interna em uma possível coligação.

Numa eleição proporcional há muitas disputas dentro de um mesmo grupo em função do coeficiente eleitoral

Sobre Eduardo Tavares, enquanto há quem aposte em sua candidatura – como citei aqui – há quem ache que ele teria dificuldades de espaço, pois há tucanos mais próximos a Vilela, logo com mais tempo de estrada para “sentar na janela”. Em todo caso, o almoço reservado mostrou que o grupo está disposto a seguir unido. Uma frente única que aglutine os palacianos.

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