O governador de Alagoas Teotonio Vilela Filho (PSDB) foi enfático: não é candidato ao Senado Federal em 2014, mas permanecerá nas discussões políticas de formação da chapa governista. “Só me aposentarei quando esticar as pernas”, brincou. Vilela diz que a decisão veio de uma avaliação e reflexão envolvendo os próprios rumos do governo, bem como – em suas palavras – as obras que estão para ser concluídas.
Com isto, descartou que permaneça no governo em função de qualquer eventual acordo eleitoral que o leve para o Tribunal de Contas da União. “Jamais irei para o TCU. Digo isto com todo respeito ao Tribunal”, salientou.
“Tomar esta decisão não quer dizer que esteja fora da política ou do ano eleitoral. Vamos construir (grupo aliado) juntos uma candidatura que represente o desejo e a vontade de levar Alagoas adiante e aí que se compare com as outras candidaturas, inclusive de nomes que já foram governadores. E aí, perguntaremos o que eles já fizeram pelo Estado”, falou o governador.
De acordo com Vilela, entre os partidos da base governista – PSB, PSDB, PROS, Democratas, PR e PPS – há “nomes valares para disputarem uma eleição; para irem ao embate”. “Será uma campanha para comparar as ações deste governo com as de governos passados. Um debate importante para o Estado de Alagoas e para a democracia”.
O chefe do Executivo estadual disse que os diálogos daqui pra frente se intensificarão com todos os presidentes dos partidos que formam a sustentação do governo. “Pretendo em breve, anunciar em coletiva, a chapa com todos os candidatos. Terei conversas com o senador Benedito de Lira (PP) e com o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas)”.
Indaguei Vilela sobre a possibilidade de sua permanência no governo abrir portas para uma recomposição com o senador Renan Calheiros (PMDB), pavimentando a via para uma “quase” candidatura única no Estado, num processo encabeçado pelos peemedebistas. Vilela descartou a hipótese.
“Minha decisão nem abre, nem fecha portas com o senador Renan Calheiros. Tenho com o senador uma relação cordial. Apesar de estarmos em campos políticos distintos preservamos a amizade e o respeito. Ele está em um campo político diferente do meu. Minhas decisões têm que ser discutidas e pensando no grupo político no qual eu estou, que é este que se encontra ajudando ao governo de Alagoas”, resumiu.
Questionei ainda se Vilela espera – após sua decisão – um arrefecimento do discurso do senador Fernando Collor de Mello (PTB), que seria o seu rival em uma disputa em 2014. Disputa esta já descartada. “Eu não tenho a menor ideia do que pensará o senador Fernando Collor. Sinceramente, não estou nem um pouco preocupado com isto”.
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