Além do vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), um dos nomes cotados para ser o candidato da situação ao ‘comando’ do Palácio República dos Palmares, é o senador Benedito de Lira (PP). Assim como ouvi Nonô, também conversei com Benedito de Lira para que ele avaliasse a decisão do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em permanecer no Executivo até o final e não mais disputar o Senado Federal.

Agora, Vilela passa a ser um “eleitor” de peso conduzindo o processo das discussões do bloco aliado para construir uma candidatura de situação. Indaguei a Benedito de Lira se seria mais fácil consolidar a candidatura ao governo com Vilela permanecendo no Palácio. O pepista diz que a decisão do governador “traz outros novos encaminhamentos para a base governista que precisam ser discutidos em conjunto”.

Benedito de Lira voltou a frisar que ninguém é candidato sozinho, mas reforçou o desejo de concorrer ao cargo de chefe do Executivo estadual. “Eu avalio a decisão do governador como sensata. Isto mostra que o Estado de Alagoas precisa estar acima dos nossos interesses pessoais. É assim que eu avaliou. É assim que nós do PP pensamos. É assim que pretendemos dialogar com o grupo”, colocou.

O senador ainda complementa: “meu partido faz parte da base aliada. Eu pretendo fazer parte desta disputa, mas é importante que os partidos sigam unidos, pensando em um bem maior”. Benedito de Lira defende uma aliança ampla. Evidente que vai brigar nos bastidores políticos para encabeçar este processo. A disputa interna – de que forma vai ocorrer é o futuro que dirá – será entre ele e Nonô, inicialmente. Faz parte do jogo.

Indaguei ao pepista se – caso algumas forças do grupo, incluindo o PP não fossem contempladas nas negociações da formação de chapa – poderia existir um racha dos situacionistas. Benedito de Lira afirma não acreditar na possibilidade. “Não tem razão para racha. Agora, a cada dia, nós vamos conversar para nos unir mais. É este o sentimento. É este o desejo do governador”.

Mas se o assunto é a possibilidade de Benedito de Lira – em nome de uma aliança maior – ser “vice” em uma chapa, o senador responde de imediato: “não há hipótese de ser vice. Eu já fui vice e não gostei da ideia”. Ele finaliza dizendo que o “condutor” das discussões será mesmo Vilela, que – segundo ele – partiu para o sacrifício em nome do governo. 

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