Com a entrada do ano eleitoral vem o aquecimento dos bastidores políticos. Em público, tapinhas nas costas. Longe dos holofotes, distribuição de informações com todas as finalidades. Assim já tem sido os primeiros dias do ano entre os que se dizem aliados. Nos bastidores da política local, todo cacique que se preze já tem a sua estrutura montada para a “central de informações e boatos”.
Quem ainda não está com a voz grossa para entrar na rodada de discussões, vai buscar ocupar espaços para aparecer. Quem quiser derrubar rival em evidência na mídia, a hora também é agora. Nessa guerra de bastidores, quem não tem os seus assessores (oficiais ou não) e aliados “sempre mais realistas que o rei” e prontos para o combate.
De um lado o senador Renan Calheiros (PMDB). O presidente do Congresso Nacional busca a mais ampla frente de alianças possíveis, sendo esta encabeçada pelo PMDB. Mantendo-se o cenário, a possiblidade maior é da candidatura do deputado federal Renan Filho (PMDB).
O “conselho político” peemedebistas avalia também a possibilidade dos rivais. Dois nomes: o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) e o senador Benedito de Lira (PP). Lira – por sua vez – se antecipou no jogo, recuou, assumiu que ninguém é candidato sozinho, mas tenta articular seu espaço para disputar o governo do Estado de Alagoas.
Nonô já disse que participará do pleito. Se não como candidato, em um dos palanques, com apoio. O destino da candidatura de Nonô está umbilicalmente ligada à decisão do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). O tucano ainda não anunciou se disputará ou não o Senado Federal. De acordo com o vice-governador, Vilela de fato mantém segredo.
O senador Fernando Collor de Mello (PTB) dificilmente mudará de planos. É candidato ao Senado Federal.
Neste tabuleiro previamente montado, serão liberadas as frentes de ataque. Guerra midiática que se aproxima. Comentaristas profissionais estarão na espreita. Vários nomes com um único IP para elogiar, aplaudir ou detonar. Redes sociais podem virar campos de batalha.
É hora de catar pedras para estraçalhar telhados de vidro. Claro que no cume dos montes, olhando para os índios em guerra, os caciques serão sempre amigos e nada terão a ver com isto. Não é?
Estou no twitter: @lulavilar