De acordo com o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT) – que integra a frente de oposição ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em Alagoas – o governo do Estado tem culpa por se ter na Terra dos Marechais o preço de combustível registrado como um dos mais altos do país.

O preço da gasolina foi assunto indigesto nos últimos dias para a própria presidente Dilma Rousseff (PT). Mas o petista – ao fazer sua análise – se debruça sobre os fatos de Alagoas. Ele ressalta que um dos motivos para a gasolina ser tão cara em Alagoas “é o imposto cobrado pelo governo estadual”.

“O problema foi apontado na Comissão Parlamentar de Inquérito dos Combustíveis da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, em que fui o autor no ano de 2007. Mas o governo estadual nunca encaminhou a proposta”, coloca.

Paulão diz que a CPI – na época – ainda apontou a falta de medição na vazão das destilarias de álcool, o que foi implantado. “Outro problema: a coincidência de preço da gasolina nos postos, caracterizando o cartel”.

“O estranho é que o preço da gasolina em Alagoas, no interior, é mais barato que na capital, mesmo pagando o frente que sai do cais do porto. Porque até o Ministério Público Estadual não tomou providências sobre estes fatos?”, indaga o petista.

No âmbito do governo federal, o ministro Guido Mantega – responsável pela Fazenda – disse que o parâmetro do preço da gasolina no país tem sido o preço do petróleo, obedecendo a um parâmetro internacional.  Para ele, mudanças bruscas no preço dos combustíveis no país podem acarretar em perigo, desequilibrando o controle da inflação. Ele demonstra – em linhas e entrelinhas – a preocupação do governo federal em relação ao assunto.

Em Alagoas, o preço dos combustíveis já foi alvo de pelo menos duas CPIs na Assembleia Legislativa e duas investigações do setor na Câmara Municipal de Maceió. A mais recente foi a Comissão Especial de Investigação (CEI) presidida pelo ex-vereador Théo Fortes.

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