Conversei com a deputada estadual Flávia Cavalcante (PMDB) - presidente interina da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas - sobre a situação dos servidores da Casa de Tavares Bastos.

Os funcionários do Poder Legislativo aguardam uma posição para saber se vão receber o salário de dezembro, férias e 13º. O parlamento estadual alega que não tem dinheiro e que não há mais repasses do Executivo a serem feitos este ano. Logo, dependem de uma suplementação - já solicitada por Cavalcante - para pagarem a folha.

A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas cobra do Palácio República dos Palmares que sinalize positivamente ao pedido de suplementação para poder informar aos servidores o dia do pagamento. Resultado: mais uma vez a manhã foi de protesto por parte dos funcionários, que mais uma vez fecharam o parlamento.

Flávia Cavalcante diz que os servidores estão corretos em fecharem o parlamento estadual. "Eles estão certo. Estão reivindicando o que possuem direito. A Assembleia Legislativa está fechada há uma semana e eu concordo com os servidores. Eles não foram os causadores desta situação, nem do momento que o parlamento estadual vive atualmente".

Cavalcante diz que já mandou o ofício pedindo a suplementação. "Não entendo esta demora do governo. O governador já sinalizou, depois recuou e fica nesta demora. A gente não pode pagar o servidor sem este recurso. É um repasse que sempre existiu e foram feitos todos os anos. Não sei como, nem de que forma, mas sempre foi um acordo entre o presidente Fernando Toledo (PSDB) e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB)".

A presidente foi categórica ao afirmar que não há mais duodécimo para este ano. "Só entra duodécimo agora em janeiro. Nos cofres do parlamento só há aproximadamente R$ 107 mil. Eu estou esperando o Palácio".

O deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade), destaca que a suplementação é irregular, pois há ainda a última parcela do duodécimo referente ao mês de dezembro. Em recente entrevista à Gazeta de Alagoas, disse que se a suplementação for feita é motivo para pedir o impeachment do governador Vilela.

Enquanto a solução não chega, a corda arrebenta do lado mais fraco. Como já afirmou João Henrique Caldas, em entrevista ao CadaMinuto Press, o servidor do Legislativo nunca teve um natal e um fim de ano tranquilo. Claro, estamos falando dos servidores que possuem 13 salários por mês - contando com décimo - e efetivamente trabalham. 

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