Era mais que óbvio – óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues – que o senador Fernando Collor de Mello (PTB) iria criticar o governo do Estado de Alagoas em sua coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira, dia 20. A novidade é que, desta vez, sobrou até para a secretária de Segurança Nacional, Regina Miki.
Bem ao seu estilo, ao analisar a atual crise enfrentada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em relação aos militares, Collor disparou: “o governador Vilela é um banana. A Lei de Responsabilidade Fiscal é o escudo que Vilela usa para esconder a sua incompetência. O aquartelamento nos espanta pela forma como os PMs mostram seus desesperos, as suas angústias. Há sete anos é um problema empurrado com a barriga”.
De acordo com Collor, a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas também errou politicamente quando tomou o problema para si. “Trouxe a questão para dentro da Assembleia. Uma questão que – anotem aí! – o governador não irá resolver. Ele está mentindo mais uma vez. Ele está enganando a PM. Ele criou no Estado uma enorme confusão”.
O senador petebista repetiu toda a ladainha sobre os problemas da segurança pública, culpando o governador em função da letargia. Mas, sobre – inclusive – para a secretária Regina Miki, como coloquei acima. “O Brasil Mais Seguro mandou R$ 200 milhões. Foi o maior convênio per capita já feito pelo governo. Onde estão estes recursos?”.
Collor disse que as vindas de Regina Miki para Alagoas para “vistoriar as tropas” são “pitorescas”. “É pitoresco. As vindas da secretária Miki só mostram o prestígio das nossas praias, quando ela sempre aparece com aquele seu cabelo pintado no estilo punk. O que de efetivo a Regina Miki traz? Ela não traz nada. Há algo muito errado acontecendo”.
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