O senador Fernando Collor de Mello (PTB) deixou claro que trabalha para ser o candidato ao Senado da presidente Dilma Rousseff (PT) em Alagoas. Para isto, tem confiança – segundo ele mesmo – de uma oposição ao governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) seguindo unida, em 2014. “Seria um único palanque para a presidente Dilma”.

Disse – inclusive – que esta oposição esteve unida em 2010, quando ele foi candidato ao governo enfrentando Ronaldo Lessa (PDT). “Na eleição passada não houve dissidência, mas sim a avaliação de que se fosse colocado apenas um candidato, teríamos apenas um turno. Com dois, chegaríamos com a oposição ao segundo turno. Isto se confirmou com minha candidatura e estive ao lado de Ronaldo Lessa no segundo turno”. Ah, tá...

Collor ainda disse que a oposição só perdeu em 2010 por conta do “montante de dinheiro investido na campanha tucana”. Para quem não lembra, foi uma disputa acirrada entre Lessa e Vilela.

Porém, agora Fernando Collor é candidato ao Senado Federal. Indagado se espera o mesmo feito de 2006, quando se elegeu numa campanha de 28 dias, o senador petebista afirmou que não. Ora, claro que não. Collor já é candidato ao Senado Federal há um ano, inclusive com forte estratégia de comunicação e marketing. Fica óbvio que o senador sabe que é um pleito muito mais difícil e com seu futuro político em jogo.

Collor investe muito mais força nessa campanha já em andamento. Ele se cerca dos melhores profissionais neste sentido. Investe até em uma mudança de perfil e na busca por uma nova parcela do eleitorado. Em 2006, era um elemento surpresa que “roubou” a cadeira que Lessa tinha como certa. Agora, a história é outra.

“Uma eleição nunca repete a anterior. Cada uma tem um novo cenário, um novo momento. Eleições são difíceis”. Ainda que de forma genérica, Collor reconhece. Mas, não se furtou a analisar os  possíveis adversários na disputa pelo Senado.

Teotonio Vilela Filho (PSDB) – “É importante que Vilela seja candidato para que ele ser julgado nas urnas pelo povo que ele fez sofrer. O governo não pode deixar de ter candidato”.

Heloísa Helena (PSOL) – “A candidatura dela não pode ser vista como uma candidatura que me atrapalha. Uma candidatura não pode ser vista como uma candidatura que atrapalha a outra, mas sim como uma candidatura que está ajudando ao eleitor a ter opção de escolha, decidindo pelo que ele entenda como necessário. Quanto mais candidatura melhor. Heloísa Helena tem um eleitor que a segue, tem o perfil dela, tem uma história de militância, tem seu projeto. Heloísa Helena ajuda no processo de consolidação da democracia”.

Luciano Barbosa (PMDB) -  “Ele é um nome com condições de ser candidato ao governo ou ao Senado. Claro, a candidatura dele cria problemas na região de Arapiraca, diante da relação que eu e ele temos com a prefeita Célia Rocha (PTB). Mexe um pouco no cenário nesse sentido. Mas o importante é que estas discussões sejam feitas dentro do grupo de oposição para que tenhamos as escolhas mais adequadas para o quadro”

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