Os servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que estiverem em escala de plantão nesta quinta-feira (19) e se recusarem a prestar atendimento à população irão responder a processo administrativo por abandono de plantão e omissão de socorro. A declaração foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas.

Com a decisão de paralisar as atividades, nenhuma viatura deverá deixar a sede do órgão para realizar atendimento na capital. Os servidores cobram uma reunião com a Sesau para negociar as carências da categoria e cobram a saída da diretoria do Samu, cujas denúncias são de perseguição.

À imprensa, Jorge Villas Bôas disse que o movimento é político e que tem a plena certeza de que o estado nada deve à categoria. “Não tenho nenhuma informação de que devemos algo ao Samu. Esse é mais um movimento político e quem se recusar a fazer atendimentos à população irá responder administrativamente”, acrescentou o secretário.

Para tentar pôr fim ao movimento, a Secretaria de Saúde já encaminhou informações sobre a paralisação do Samu para o Tribunal de Justiça de Alagoas, com o objetivo de o órgão avaliar a ilegalidade da greve e determinar o retorno imediato dos servidores ao trabalho. Já por conta das barricadas, a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) também foi acionada. 

Villas Bôas lembrou ainda que atendendo às reivindicações dos servidores da Saúde, o governador Teotonio Vilela Filho incorporou valores de gratificações referentes ao subsídio de várias faixas de trabalho. Os servidores reivindicavam um aumento nos salários e a alternativa do Executivo foi incorporar a gratificação nos subsídios dos servidores.

“Essa foi a única maneira encontrada pelo Estado para evitar o impacto financeiro e fiscal já que estamos no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal em Alagoas. Isso já foi sancionado pelo governador no último dia 06 deste mês”, relembrou o secretário de Saúde.

Já sobre os protestos referentes a pedidos de mudança na direção do Samu, o gestor afirmou que o sindicato não tem poderes para tal medida. “Isso não cabe a nenhum sindicato ou entidade de classe que represente a categoria. É uma decisão exclusivamente da gestão da Sesau”, finalizou.